De acordo com uma nota do governo provincial, a que o VerAngola teve acesso, Isabel da Cruz, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Angola e Bélgica, foi recebida em audiência, esta Terça-feira, pelo governador do Cuando Cubango, José Martins, com quem abordou as possibilidades de financiamento.
O encontro, acrescenta a nota, serviu para "apresentar os projectos da câmara para a melhoria do ambiente de negócios, com linhas de financiamentos que vão potencializar a classe empresarial na província".
Na ocasião, José Martins manifestou-se satisfeito pela intenção da câmara em escolher a província como beneficiária "destas importantes linhas de financiamento que vão potencializar o sector empresarial a todos os níveis, com a alavancagem dos negócios e o aumento da empregabilidade das populações localmente".
O governador também expressou "o apoio institucional do governo da província na implementação dos projectos concebidos pela Câmara do Comércio e Indústria Angola e Bélgica", acrescenta a nota.
A referida aposta, segundo a Angop, passa pela requalificação de estradas, impulso da agricultura, instalação de uma unidade fabril para engarrafar água mineral, entre outros.
A verba (cerca de 500 milhões de euros) encontra-se já disponível para o financiamento, por conseguinte é aguardado do governo local, menos burocracia a fim de as primeiras actividades começarem dentro dos próximos quatro a cinco meses, onde se incluem igualmente os campos da educação e saúde com a edificação de escolas e unidades sanitárias, escreve a Angop.
Foram deixadas garantias de que já encontraram "financiamento na Bélgica e na Espanha" para os sectores do agronegócio, florestal e requalificação de estradas. "Já encontramos financiamento na Bélgica e na Espanha para as áreas de agronegócio, florestal e para a reabilitação de estradas, tudo para a melhoria do ambiente de negócios e para o fomento da empregabilidade", disse a responsável, que falava no fim do encontro.
A responsável considerou que homens de negócios daquele dois países europeus estão interessados em investir na província. Contudo, a maior preocupação prende-se com a carência de vias de acesso para o seu interior, complicando a circulação e transporte de vários equipamentos para o sucesso dos projectos.
Segundo Isabel da Cruz, a escassez na produção e distribuição de água, bem como no fornecimento de electricidade tem bloqueado maiores investimentos, atendendo às despesas realizadas para satisfazer estas necessidades no sítio da concretização dos vários trabalhos.
Os belgas e espanhóis, de acordo com a Angop, têm também os olhos postos na aposta na produção e transformação de café, frutas e respectiva embalagem para exportar.
Segundo a Angop, as linhas de financiamento de bancos, realçando-se o Standard Bank e Ecobank, encontram-se à disposição para vários projectos.
A presidente da câmara fez igualmente saber que, embora ainda não haja um limite de investimento para a província, a instituição vai trabalhar ao longo de dois dias com a sua congénere do Cuando Cubango e com o Gabinete para o Desenvolvimento Integrado, visando determinar as verdadeiras prioridades para a região, escreve a Angop.
