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Ambiente

Angola “muito aquém” de atingir as 400 estações meteorológicas previstas no seu plano estratégico

Angola conta actualmente com cerca de 70 estações meteorológicas, “mas ainda está muito aquém” de atingir as 400 estações previstas no plano estratégico nacional, disse fonte oficial.

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Segundo o director-geral adjunto do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (Inamet) de Angola, Isidro Tuleni, as autoridades prevêem instalar no país perto de 400 estações meteorológicas, previstas no plano estratégico, "mas ainda está distante da meta".

Actualmente o país contabiliza cerca de 70 estações meteorológicas, entre sinópticas, agrometeorológicas e hidro-meteorológicas, espalhadas pelo país, um número "ainda insuficiente para responder aos desafios do sector", disse.

O responsável, que falava no "Worshop sobre Serviços Climáticos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral" (SADC), cujos trabalhos arrancaram oficialmente esta Terça-feira, em Luanda, deu conta também que Angola "ainda tem um problema da distribuição homogénea das estações a nível nacional".

Um trabalho entre o Inamet e o Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) angolano já decorre para a densificação das redes meteorológicas pelo país, sobretudo em áreas mais remotas.

"Esse é um grande desafio que temos no Inamet, porque nós não estamos a fazer uma descrição homogénea da rede de estações, porque temos de priorizar áreas que têm rede para que possamos ter essa telemetria eficiente dos dados", reconheceu.

Lamera Gaspar, coordenador do Departamento do Clima do Inamet, referiu, na sua intervenção, que a colheita de dados a nível da instituição não regista quaisquer constrangimentos, apontando, no entanto, a necessidade da melhoria das previsões sazonais.

De acordo ainda com a direcção do Inamet, Angola deve contar em breve com um radar meteorológico, quando foram já montadas mais de 100 estações virtuais em parceria com a sua congénere francesa.

Matias Rabemananjara, coordenador interino da secção de meteorologia da SADC, adiantou que o encontro visa a criação de canais de comunicação e processo de envolvimento com as partes interessadas nacionais e iniciar a implementação técnica das actividades do país em foco.

A actividade decorre na capital angolana no âmbito do Programa de Serviços Climáticos e Aplicativos Relacionados (ClimSA, na sigla inglesa) da SADC, financiado pela União Europeia, em parceria com o Inamet e deve ainda "contribuir para os esforços de adaptação dos países da SADC às alterações climáticas".

O 'workshop', que decorre até sábado, propõe-se ainda desenvolver capacidades de partilha de dados para os serviços meteorológicos e hidrológicos nacionais dos Estados-membros da SADC em colaboração com a Organização Meteorológica Mundial.

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