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‘Uberização’ em Luanda aumenta competitividade dos preços e comissões

A competitividade nas tarifas e comissões cobradas pelos serviços de 'uber' tem-se intensificado com a chegada de novas plataformas de transporte à capital. Tem-se vindo a verificar uma ‘uberização’ de Luanda e a entrada de três operadores internacionais – Heeth, Ugo e Yango – no mercado nacional tem pressionado os outros operadores a mudarem a sua estratégia e a recorrerem a preços mais baixos para competir com a concorrência.

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Na disputa pelos melhores preços e comissões estão seis plataformas que lutam entre si para oferecer as melhores tarifas, sendo que a tabela dos melhores preços é liderada pela UGo, enquanto as Heetch lidera as comissões.

Contas feitas pelo Expansão baseadas nas tarifas das plataformas Kubinga, T'Leva e Ugo, o preço médio de 250 kwanzas por quilómetro cobrado em 2019 sofreu uma descida, sendo actualmente cobrados 182 kwanzas por quilómetro.

De acordo com o mesmo jornal, só estas três aplicações é que apresentam os preços por quilómetros. As restantes fornecem já o valor total da viagem, que inclui os quilómetros, tempo de viagem e a tarifa base.

Assim, se se comparar os custos de uma viagem entre o Largo das Escolas (Maianga) até ao Angomart do Benfica (Belas) em todas as plataformas, a UGo é a grande vencedora em termos de preço: para viagem económica são cobrados 3050 kwanzas enquanto para veículos com mais conforto é taxado 4400 kwanzas.

Em segundo lugar surge o Kubinga. Para o mesmo percurso, esta plataforma cobra 3832 para viagem económica e 4678 kwanzas para a mais confortável. Segue-se a Heetche que em viaturas económicas taxa 4600 kwaznas, enquanto na classe confortável cobra 5200 kwanzas, escreve o Expansão.

A nível das comissões cobradas aos donos dos carros que operam nas suas aplicações, segundo o mesmo jornal, as empresas multinacionais dominam o pódio: a Heetch taxa, por cada viagem, 11,4 por cento (por exemplo numa viagem de 1000 kwanzas, 114 kwanzas são para a empresa que detém a aplicação).

Já a Yango taxa 13 por cento de comissões (10 por cento vão para a Yango e três por cento para parceiros locais) e a Ugo e a Tirosa cobram 20 por cento.

Por sua vez a Kubinga cobra 25 por cento enquanto a T'Leva só usa carros próprios.

Embora se trate de um serviço que ainda não está ao alcance da maior parte da população, pois os preços ainda são elevados e é preciso ligação à Internet para solicitar o serviço, a chegada de três plataformas internacionais (Heetch, UGo e Yango) ao mercado nacional e, consequentemente, o aumento da oferta de 'ubers', tem posto à prova os outros operadores, que se vêem obrigados a adoptar uma nova postura e a baixar os seus preços.

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