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MPLA: Bornito pede para sair. João Lourenço sugere mulher para o cargo de Vice-Presidente

Se o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) vencer as eleições marcadas para o próximo mês de Agosto, as quintas na história do país, Angola poderá ter pela primeira vez uma mulher a ocupar o cargo de Vice-Presidente.

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Esta 'aposta eleitoral' foi avançada pelo próprio presidente do partido, João Lourenço. Não avançando nomes, o líder do MPLA adiantou que a decisão resulta da intenção de Bornito de Sousa em não se recandidatar ao cargo – por sua vontade – manifestada pelo ainda Vice-Presidente da República.

"Salta à vista a não recondução do actual Vice-Presidente da República para o mesmo cargo que hoje ocupa, facto que se deve à intenção por si manifestada logo no início do presente mandato e que respeitamos, propondo um outro, no caso uma candidata ao cargo de Vice-Presidente da República", afirmou João Lourenço.

Na aposta para número dois nas listas o nome de Esperança Costa, actual secretária de Estado das Pescas, é um dos mais falados entre os militantes do partido, já replicado na comunicação social.

Na abertura da reunião ordinária do Comité Central do MPLA, foram analisadas as listas de candidatos a deputados à Assembleia Nacional, que integram necessariamente o nome de João Lourenço, mas também o de Bornito de Sousa. Fazem ainda parte das mesmas listas os candidatos a presidente da Assembleia Nacional, bem como de deputados ao círculo nacional e provinciais.

No que diz respeito à proposta governativa, João Lourenço reiterou a aposta do seu primeiro mandato na luta contra a corrupção e a impunidade. Enfatizou ainda a necessidade da criação de um melhor ambiente de negócios no país, da atracção de investimento privado directo e da diversificação desse mesmo investimento.

O plano condutor do partido no próximo mandato, caso eleito para o Governo, passada ainda pelo aumento da produção interna, pela necessidade da redução das importações e pelo aumento das exportações.

João Lourenço destacou que o país está a cerca de três meses de realizar as quintas eleições gerais, que espera “virem a ter uma grande participação dos cidadãos eleitores que estejam em condições legais de exercer o direito de escolha dos seus representantes na Assembleia Nacional e do Presidente da República”.

“Embora seja um processo que se realiza de cinco em cinco anos e, portanto, devia ser encarado como rotineiro, a verdade é que, pela importância que tem para a consolidação da nossa democracia e para a vida dos cidadãos, ele cria sempre muita expectativa e ansiedade sobre a forma como decorrerá e os resultados que dele se esperam”, frisou João Lourenço.

Na ocasião, o presidente do partido no poder aproveitou para agradecer aos militantes, amigos e simpatizantes do MPLA, “pelo trabalho que vem sendo realizado com espírito de total entrega à causa, de Cabinda ao Cunene sem excepção, durante este período de pré-campanha”. 

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