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Cinco engenheiros angolanos fazem parte da construção da Refinaria de Cabinda nos EUA

A construção da Refinaria de Cabinda, em Houston, nos Estados Unidos da América (EUA), conta com o envolvimento de cinco engenheiros nacionais. Os angolanos são responsáveis pela elaboração, execução e acompanhamento de todas etapas do projecto.

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Entre os angolanos consta Jorge Ferreira, coordenador do projecto, que considera que a entrada em funcionamento da refinaria vai "garantir a demanda" naquela província bem como reduzir os custos com a importação.

"Esta refinaria vai desde logo, após a sua entrada em funcionamento, garantir a demanda da província de Cabinda, reduzindo os custos de transporte de gasóleo para a província de Cabinda", começou por dizer, em declarações à Televisão Pública de Angola (TPA).

O coordenador também admitiu, que a infra-estrutura "irá permitir a exportação de produtos equilibrando aquilo que é a balança comercial entre importação e exportação de crude e produtos refinados para o país e trazer inúmeras vantagens do ponto de vista de agregar valor a toda a cadeia completa do oil and gas".

Já o director de engenharia e produtos da unidade de negócios de refinação e petroquímica, Nimbo Virgílio – outro dos engenheiros nacionais que estão envolvidos no projecto – falou sobre os obstáculos vividos ao longo da primeira etapa do projecto e mostrou-se contente em fazer parte da equipa.

"É uma alegria que a pessoa às vezes nem consegue explicar. Nós começamos com esse projecto em 2019 e gostaríamos muito que naquela fase" tivéssemos "mais dinâmica e, neste momento, já teríamos a refinaria lá em Cabinda, mas fruto daquilo que foi a pandemia, tivemos algumas restrições, não tivemos como acompanhar como queríamos os trabalhos aqui em Houston, no entanto tivemos dedicados em Cabinda. Nós estamos baseados em Luanda, mas temos estado permanentemente em Cabinda para a outra parte do projecto", disse, citado pela TPA.

Da equipa, fazem ainda parte os angolanos Luís Aguiar, engenheiro civil, e António Vemba, engenheiro de processo.

Acerca da criação de empregos, um dos responsáveis em declarações à TPA, explicou que na primeira fase têm "programado 2000 pessoas a serem empregues", onde terão "1600 empregos indirectos e 400 directos".

"Na segunda fase teremos outros 1500, onde teremos mais ou menos 300 directos e o restante indirecto. Olhando para a primeira fase, nós temos dois tipos de recrutamento, há um recrutamento para a empresa Odebrecht, empresa construtora, e outro recrutamento para os empregos directos, os operadores da refinaria. A partir desse mês nós vamos dar um passo substancial no recrutamento, vamos recrutar engenheiros, recursos humanos, esses terão uma formação de cinco a seis meses e serão os empregos directos, esses é que irão operar a refinaria", completou.

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