A recomendação é dada aos Estados-membros que tencionem aliviar as medidas de confinamento em função de uma eventual redução do número de novas infecções, avança o último relatório da SADC sobre a resposta à pandemia da covid-19 na região, consultado esta Sexta-feira pela Lusa.
Face à redução do número de pacientes em cuidados intensivos e de contágios, vários países, em todo mundo, começaram a desenvolver planos para aliviar o confinamento.
A SADC alerta para os riscos destas decisões sem as devidas precauções para os países da região, tendo em conta que o número de casos continua a subir.
"Os Estados-membros que tencionem reabrir os estabelecimentos de ensino devem ponderar a possibilidade de estabelecer instalações básicas de higiene, água e saneamento", acrescenta o documento.
O número de casos na região da SADC continua a aumentar, com África do Sul, República Democrática do Congo, Tanzânia, Maurícias e Madagáscar a registarem 92 por cento do número total de casos nos 16 países membros, segundo o relatório.
O número de mortos devido à covid-19 em África subiu esta Sexta para 2074, com mais de 54 mil casos da doença registados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Na Quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou que a pandemia provocada pelo novo coronavírus pode matar 190 mil pessoas em África, entre os 44 milhões que podem ficar infectados se as medidas de contenção falharem.
O número total de doentes recuperados subiu de 17.590 para 18.636.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infecções (564 casos e dois mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 e quatro mortos), São Tomé e Príncipe (208 casos e cinco mortos), Cabo Verde (218 e duas mortes), Moçambique (81) e Angola (36 infectados e dois mortos).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 267 mil mortos e infectou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Cerca de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.