Adão de Almeida, que falava à margem da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, admitiu ainda que a decisão de reduzir o número de ministérios também permitirá ao Executivo fazer uma gestão mais eficaz do número de estruturas administrativas que existem.
Citado pela Angop, o responsável afirmou que o dinheiro poupado já tem um destino: a verba será colocada à disposição da administração para que seja usada como investimento em sectores com grande importância pública, como por exemplo a educação e a saúde.
O ministro revelou ainda que na reunião, os dirigentes vão também a discutir a possibilidade de as estruturas de chefia sofrerem alterações. De acordo com as contas do Executivo a redução de 28 para 21 ministérios vai permitir ao Governo passar de 559 cargos de chefia para 313.
No entanto, Adão de Almeida ressalvou que a redução do número de departamentos não implica uma redução no número de trabalhadores.
O governante salientou que decorre, paralelamente, um trabalho entre o Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social e o das Finanças "que vai depois dar tratamento a toda uma estratégia em relação ao tema do pessoal ao nível destes sectores".
Segundo Adão de Almeida, além do pilar orçamental, o Governo está a analisar também o das infraestruturas e o dos quadros.
O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República disse que o Governo espera conseguir algum ganho nas infraestruturas, explicando que, em alguns casos, existiam dois edifícios públicos para dois ministérios diferentes.
"Agora vamos colocá-los num edifício público, o que também nos traz alguma poupança do ponto de vista do funcionamento das instituições, de bens e serviços. Depois há um pilar do pessoal, que vai ser objecto de um tratamento específico. Acreditamos, também em breve, que esse dossier será apreciado", referiu.