Os manifestantes que percorreram algumas ruas da Maianga, no centro de Luanda, fazem parte de um grupo de ex-militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) que há alguns anos reivindicam ser enquadrados na Polícia Nacional.
Segundo as mesmas fontes, não houve detenções.
No ano passado, os ex-militares, que desde 2014 foram desmobilizados das FAA, fizeram duas manifestações na capital para reclamar a entrada na Polícia Nacional, tendo um outro protesto ocorrido na província do Huambo, com o mesmo propósito.
Em Janeiro deste ano, o comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, apelou aos antigos combatentes para deixarem de se manifestar, considerando este comportamento negativo para a entrada naquela força.
De acordo com Paulo de Almeida, a integração dos ex-militares na polícia não é automática, nem é uma transferência, mas obedece a mecanismos e processos de apuramento e selecção.
Angola declarou o estado de emergência para conter a propagação da epidemia de covid-19, pela primeira vez, a 27 de Março, tendo já prorrogado por duas vezes a decisão.
O país conta actualmente com 35 casos positivos de infecção pelo novo coronavírus, entre os quais duas mortes.