Segundo uma nota da Casa Civil da Presidência, a decisão foi tomada numa reunião em que João Lourenço recebeu na Sexta-feira no Palácio Presidencial ministros de várias pastas e os governadores das duas províncias mais assoladas pela seca, que está a afectar quase 300 mil famílias.
"Prevê-se que, nos próximos dias e semanas, aconteça um visível reforço dos meios de socorro em operação nos territórios atingidos, concretamente que se eleve ao número de dezenas as empresas dedicadas ao trabalho de captação de água a partir do solo, e desembarquem no território consideráveis quantidades de cereais como milho, massango, massambala, sal, soja, óleo alimentar, fuba de milho e sabão, entre outros bens", lê-se na nota.
João Lourenço, que visitou as duas províncias entre Sexta-feira e Sábado para se inteirar da falta de chuva que aquelas se ressentem desde Outubro de 2018, que dão continuidade a um período de estiagem de quase quatro anos, defendeu a necessidade de transformar o Namibe e o Cunene "num vasto campo de actuação".
Nesse sentido, as duas províncias deverão contar com "diferentes forças a actuar com rapidez e sentido de missão, para que surjam os furos de captação de água necessários, as chimpakas para acudir os actuais problemas de acesso do gado à água e se proporcionem respostas para as dificuldades enfrentadas pela população em matéria de alimentação, vestuário, protecção contra o frio, entre outros bens considerados urgentes".
O encontro visou a definição de "medidas urgentes e práticas" para que seja dada uma resposta "coordenada e proporcional" aos desafios colocados pela calamidade que atinge de um modo particularmente severo também as províncias da Huíla e do Cuando Cubango.
"O Presidente da República transmitiu orientações precisas para que se mobilizem os recursos de toda a ordem que fazem falta àqueles territórios para poderem enfrentar a difícil situação, deixando claro que é necessário agir com verdadeiro espírito de emergência, sem que interfiram negativamente entraves de natureza burocrática", refere a nota da Casa Civil.
João Lourenço indicou também a necessidade de os esforços no terreno obedecerem a uma coordenação "o mais perfeita possível", para que não se dupliquem esforços.