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José Eduardo dos Santos confirma saída: “Tudo o que tem um começo tem um fim”

O presidente do MPLA e ex-chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, confirmou esta Sexta-feira que deixa a vida política em 2018 por vontade própria, argumentando que “tudo o que tem um começo tem um fim”.

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A posição foi transmitida em Luanda, no discurso de abertura da segunda sessão extraordinária do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido que José Eduardo dos Santos lidera desde 1979, recordando que em 2016 tinha já anunciado a vontade de deixar a vida política.

Com o congresso extraordinário que deverá eleger João Lourenço, Presidente da República, como novo presidente do MPLA, previsto para Setembro, José Eduardo dos Santos fez questão de sublinhar que esse passo resulta da sua vontade de “abandonar a vida política no ano de 2018”, apesar de o “mandato regular” só terminar em 2021.

“Na altura recordo-me de ter dito, em linhas gerais, aqui nesta sala, que tudo o que tem um começo tem um fim, porque é assim a dialéctica da vida. Mas na verdade, a vida do nosso partido tem um ciclo que termina e recomeça-se assim a outra fase da sua existência”, apontou José Eduardo dos Santos.

O MPLA aprovou a 27 de Abril a realização de um congresso extraordinário na primeira quinzena de Setembro deste ano e a candidatura de João Lourenço ao cargo de presidente do partido, ocupado desde 1979 por José Eduardo dos Santos.

A informação constou, na altura, de uma nota enviada à agência Lusa pelo MPLA, a propósito da reunião do bureau político, orientada por José Eduardo dos Santos.

“Esta é a transição que todos desejamos, que se processe de forma pacífica, normal, natural, sem quaisquer sobressaltos, demonstrando-se assim a maturidade política do MPLA, com um partido com mais de 60 anos de existência que soube sempre superar momentos difíceis, congregar os seus militantes, mobilizar o povo e manter a sua unidade e coesão para alcançar as vitórias mais retumbantes da história moderna de Angola”, disse José Eduardo dos Santos.

O líder do partido, de 75 anos e que entre 1979 e 2017 foi Presidente da República, apelou na mesma intervenção à mobilização das estruturas do partido, militantes, simpatizantes e amigos para a preparação do congresso de Setembro.

“O partido deve saber reter tudo o que fez de positivo e lhe permitiu chegar à fase em que nos encontramos e estabelecer novos objectivos para os seus militantes, visando materializar os ideais proclamados pelo MPLA desde a sua fundação”, alertou ainda.

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