De acordo com o último relatório mensal do Ministério da Finanças sobre a arrecadação de receitas fiscais diamantíferas, as vendas globais atingiram no segundo mês do ano 94.491.406 dólares, um aumento de 11 por cento face a Janeiro.
Estas vendas corresponderam, por sua vez, a 1.433 milhões de kwanzas em receitas fiscais arrecadadas pela Estado com a venda de diamantes, um crescimento de 7,5 por cento no espaço de um mês.
Já a cotação média de cada quilate de diamante exportado desceu cerca de 4 por cento, face aos 136 dólares de Janeiro, mas segue em máximos desde Outubro de 2016.
A comercialização de diamantes representou vendas brutas de 1000 milhões de dólares em 2017, informou em Março o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, que quer melhorar as vendas este ano.
"Para este ano, as projecções têm sempre em conta o preço base, e isto é uma variável exógena que não depende de nós. Queremos ainda assim melhorar o valor do ano passado", disse Diamantino Pedro Azevedo.
O governante angolano acrescentou que o sector que dirige pretende melhorar a política de comercialização de diamantes, com vista a atrair mais investimentos. "Já existe uma política de comercialização. O que nós queremos é melhorar essa política no sentido de, primeiro, maximizar as receitas para o Estado, e segundo também acautelar os interesses dos produtores e das empresas de comercialização", apontou.
Por outro lado, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos adiantou o objectivo de "criar incentivos" à instalação de empresas de lapidação de diamantes no país: "Para isso, precisamos de melhorar toda a cadeia produtiva de exploração, transformação e comercialização de diamantes".
A Lusa noticiou a 11 de Março que a quantidade de diamantes vendidos por Angola subiu quase quatro por cento entre 2016 e 2017, para 9,438 milhões de quilates, mas a quebra na cotação média por quilate permitiu apenas um ligeiro aumento no volume de vendas.
Segundo dados do Ministério das Finanças, em 2017 o país vendeu, globalmente, mais de 1102 milhões de dólares em diamantes, um aumento neste caso inferior a 0,5 por cento, face às vendas do ano anterior.
Em 2016, de acordo com os mesmos dados, cada diamante foi vendido, em média, a 121,1 dólares por quilate, valor que em 2017 diminuiu para 117,23 dólares.
Globalmente, as receitas fiscais geradas com a venda destes diamantes, o segundo maior produto de exportação do país, subiram 5 por cento entre 2016 e 2017, para 14,7 mil milhões de kwanzas, entre Imposto Industrial e royalties pagos pelas empresas mineiras.
Segundo o Governo, com a entrada em operação do maior kimberlito do mundo, na mina do Luaxe, na província da Lunda Sul, e de outros projectos de média e pequena dimensão nas províncias diamantíferas das Lundas Norte e Sul, mas também em Malanje, Bié e no Cuando Cubango, Angola poderá duplicar a actual produção diamantífera anual já a partir deste ano.