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Programa Alimentar Mundial em Angola para apoiar crianças refugiadas da RDCongo

Perto de 30 crianças refugiadas da República Democrática do Congo (RDCongo), não acompanhadas e separadas, que se encontram no assentamento do Lóvua, província da Lunda Norte, têm agora postos particulares para as suas necessidades nutricionais.

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Trata-se de uma iniciativa tomada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e o Programa Alimentar Mundial (PAM) para facilitar o processo, de acordo com um comunicado de imprensa distribuído.

Em declarações à agência Lusa, a oficial de relações exteriores do ACNUR, Margarida Loureiro, explicou que estas crianças se encontravam no mesmo alinhamento da distribuição geral de comida, durante o mês, processo que se tornava por vezes "muito complicado" para as famílias de acolhimento.

"Porque estas famílias de acolhimento já têm também filhos e algumas vezes acolhem também mais de uma criança, porque são irmãos e nós não separamos, então era muito complicado para estas famílias estar tanto tempo nas filas", referiu.

Aliado isso está também o facto de se tratar de um tipo de alimentação diferente, tendo em conta que são crianças que chegaram com problemas nutricionais diferentes.

Segundo Margarida Loureiro, são distribuídos os mesmos produtos da cesta alimentar geral, nomeadamente o óleo, a farinha de milho, os feijões, sal iodado, tornando-se apenas num lote especial, por se incluir cereais com vista a fortalecer o sistema imunitário das crianças.

"Temos, por exemplo, se for uma criança muito pequenina, o chamado cereal 'plus' e o super cereal, (este último) todas as crianças, até aos cinco anos, recebem, que é uma espécie de uma papa nutritiva, para fortalecer o sistema imunitário", explicou.

O comunicado de imprensa sublinha que a saúde física e mental das crianças refugiadas não acompanhadas e separadas a viver naquele assentamento assume particular importância e obriga a esforços reforçados no combate à desnutrição infantil.

"Desta feita, o PAM compromete-se em parceria com o ACNUR Angola, a desenvolver e apoiar a segurança alimentar de crianças não acompanhadas e separadas no assentamento de Lóvua, fornecendo porções mensais de diferentes produtos alimentares (…) com vista a satisfazer o padrão médio de 2100 quilocalorias por dia", refere a nota.

Estas crianças fazem parte de um grupo de refugiados oriundos da região de Kasai para a província da Lunda Norte, que chegaram em Março de 2017, ao território angolano, na busca de segurança, devido a conflitos étnicos e armados na RDCongo.

Desde aquela altura, o Governo de Angola, o ACNUR e os parceiros têm trabalhado para assegurar a segurança alimentar e desenvolver a auto-subsistência da comunidade refugiada, num total de 35.000 pessoas.

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