A decisão consta do decreto executivo 58/18 de 20 de Abril, assinado pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, conferindo a classificação ao imóvel, que ainda alberga funções militares, das Forças Armadas Angolanas, na província do Bié.
O decreto, a que a Lusa teve acesso, refere que "o Quartel dos Dragões é um edifício de 1959 e um exemplar do movimento modernista, assim como um testemunho físico de importantes acontecimentos da história recente” de Angola.
Daquele quartel no centro do país, partiram, em 1966, durante a guerra colonial, as últimas unidades a cavalo de um exército convencional, já em pleno período de total mecanização de meios.
Nesse ano foi constituído um pelotão de Dragões (tradicional infantaria a cavalo), integrado no Grupo de Cavalaria n.º 1 (GCav1), com sede em Silva Porto, actual Cuíto, capital do Bié.
O sucesso das unidades que foram sendo criadas para actuar no interior leste de Angola, utilizadas em batidas e no apoio às forças regulares, levou até à formação de uma companhia de atiradores de cavalaria dentro do Exército português.
Os designados "Dragões de Angola" chegaram a movimentar cerca de 400 cavalos, importados da Argentina e da África do Sul.