A criação deste fundo está a ser ultimada pelos países da SADC desde 2015, então com uma dotação orçamental estimada de 500 milhões de dólares, mas que deverá baixar para os 120 milhões de dólares, nas últimas previsões.
De acordo com informação do Governo a que a Lusa teve acesso, o nosso país é um dos três estados-membros da SADC "que reúnem condições necessárias para albergar o fundo de desenvolvimento" da organização.
Para o efeito, o Governo criou este mês uma comissão multissectorial, liderada pelo secretário de Estado do Tesouro, para "preparação das condições de elegibilidade para acolhimento do FDR-SADC" pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), instituição financeira estatal.
Além de Angola, integram a SADC o Botsuana, Lesoto, Namíbia, África do Sul, Zimbabué, Moçambique, Madagáscar, Maláui, Maurícias, Tanzânia, Zâmbia, Seicheles, República Democrática do Congo e Suazilândia.
Este fundo pretende constituir-se como um mecanismo financeiro destinado a mobilizar recursos provenientes dos estados-membros, do sector privado e dos parceiros de cooperação internacional para financiar programas e projectos da SADC, em particular os relacionais com as infra-estruturas e desenvolvimento industrial.
De acordo com o Governo, que através dos ministérios das Finanças e das Relações Exteriores conduz esta candidatura, a comissão formalmente criada a 17 de Maio vai ainda consultar os governos da África do Sul e do Botsuana, países também candidatos, para "manifestar a disponibilidade e interesse" de Angola em receber o FDR-SADC.