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Economia

Angola escapou à recessão em 2016 e cresce dois por cento este ano e quatro por cento em 2018

A economia nacional deverá crescer dois por cento este ano e acelerar para quatro por cento em 2018, recuperando de uma quase estagnação de 0,3 por cento no ano passado, segundo as últimas previsões da consultora britânica BMI Research.

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"Angola verá uma modesta aceleração no crescimento económico em 2017 e 2018, à medida que os melhoramentos no dominante sector petrolífero alimentam uma recuperação a curto prazo", escrevem os analistas numa nota enviada aos investidores.

No documento, a que a Lusa teve acesso, os analistas desta consultora do grupo da Fitch lembram que os valores previstos para o crescimento do Produto Interno Bruto "estão muito abaixo da média anual de 6,8 por cento registada entre 2006 e 2016".

A Lusa questionou a BMI sobre se os números oficiais do Instituto Nacional de Estatística, que mostram uma recessão média de 4,7 por cento nos primeiros nove meses do ano, foram incorporados nestas previsões, mas sem resposta até ao momento.

Salientando a importância do sector petrolífero, que vale 95,2 por cento das exportações e 70,2 por cento das receitas do Governo, a BMI Research diz que "os movimentos no mercado internacional do petróleo vão continuar a ditar as perspectivas económicas de Angola".

O aumento na previsão da produção de petróleo para 6,8 por cento em 2018 é explicado essencialmente pela maturidade do projeto Kaombo, mas também pela recuperação da procura pela China de petróleo nacional.

Os analistas sublinham que "apesar da melhoria na perspectiva de evolução do sector do petróleo, isto não será suficiente para fazer Angola voltar ao crescimento económico registado antes do colapso dos preços das matérias-primas" e concluem que "a maturidade dos campos e a falta de investimento querem dizer que, em última análise, são insustentáveis".

A nota de análise da BMI é conhecida pouco depois de o relatório sobre as Perspectivas Económicas Africanas prever que Angola cresça 2,3 por cento este ano e acelere para os 3,2 por cento em 2018, depois de ter abrandado o crescimento para 1,1 por cento no ano passado.

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