De acordo com o documento estatístico do comércio externo do quarto trimestre, do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado este mês e ao qual a Lusa teve acesso, as importações desceram, em termos homólogos, 20,4 por cento, para 514,8 mil milhões de kwanzas. Contudo, face ao trimestre anterior, as compras nacionais até aumentaram, o equivalente a 2,4 por cento, segundo o mesmo relatório do INE.
Já as exportações, essencialmente de petróleo, chegaram (em valor) aos 1,280 biliões de kwanzas entre Outubro e Dezembro, um aumento de 38,7 por cento face ao quarto trimestre de 2015, mas diminuindo 9,3 por cento quando comparado com o período imediatamente anterior, de Julho a Setembro de 2016.
O saldo da balança comercial do quarto trimestre de 2016, positivo em 765,9 mil milhões de kwanzas e que piorou 15,7 por cento face ao trimestre anterior, inclui ainda reexportações e reimportações, de acordo com o documento do INE. Estes resultados são influenciados, nomeadamente, pelo comportamento do preço do petróleo, principal produto de exportação, que depois de atingir mínimos de vários anos voltou a subir no final do ano.
Só em combustíveis, Angola exportou nos últimos três meses de 2016 um total de 1,209 biliões de kwanzas, equivalentes a 94,5 por cento do total, sendo os restantes produtos, entre diamantes, alimentos, madeiras ou têxteis praticamente residuais.
Máquinas, equipamentos e aparelhos continuam a ser os produtos mais importados por Angola, que aumentaram neste trimestre para 123,3 mil milhões de kwanzas, enquanto em produtos agrícolas o nosso país comprou o equivalente a 72.632 milhões de kwanzas em três meses, além de 36.512 milhões de kwanzas em alimentos.
Angola é actualmente o maior produtor de petróleo de África, mas ainda teve de importar 19.381 milhões de kwanzas em combustíveis no mesmo período.