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Moodys desce “rating” dos depósitos estrangeiros do BAI

A agência de notação financeira Moody's desceu o 'rating' dos depósitos em moeda estrangeira do Banco Angolano de Investimentos (BAI) em um nível, para B2, no seguimento da revisão em baixa da avaliação de Angola.

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"A acção de 'rating' de hoje conclui a revisão dos 'ratings' do BAI, iniciada a 9 de Março, no seguimento da colocação de Angola em perspectiva de descida", cinco dias antes, lê-se num comunicado hoje divulgado pela Moody's.

A Moody's manteve a nota para os depósitos em kwanzas, considerando que "o perfil de crédito deve manter-se resiliente devido aos adequadas 'almofadas' de capital e de liquidez, apesar das condições desafiantes de operação".

A descida da avaliação dos depósitos em moeda estrangeira "reflectem a reduzida capacidade do Governo de Angola para fornecer apoio aos bancos em alturas de stress, como foi reflectido na descida da avaliação do crédito soberano de Angola de Ba2 para B1", conclui a Moody's.

Na terça-feira, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Valter Filipe, disse estar em curso a "reestruturação e consolidação de vários bancos angolanos", salientando o início do processo de "consolidação do sistema financeiro angolano", que "vem reflectir o interesse de Angola em criar mais robustez no sistema financeiro e torná-lo num instrumento ao serviço da prosperidade das famílias angolanas e dos angolanos".

Angola vive uma profunda crise económica e financeira decorrente da quebra, para metade, na cotação do petróleo no mercado internacional, com impacto também na actividade bancária.

"Nós, neste exacto momento, estamos a trabalhar numa reestruturação do Banco Nacional de Angola e a trabalhar numa reestruturação e consolidação de vários bancos angolanos, porque entendemos que esta situação difícil que o país vive é uma grande oportunidade para fazer com que o sistema financeiro angolano seja o motor da economia e da prosperidade", assumiu Valter Filipe.

Sem adiantar mais pormenores, o governador do BNA admitiu apenas que as prioridades do banco central passam pela estabilidade financeira das instituições, por dar mais crédito à economia e por uma maior dinamização da economia nacional, através dos bancos comerciais.

Os lucros da banca caíram 50 por cento em 2014, influenciados pela situação no ex-Banco Espírito Santo Angola (BESA), segundo a análise que a consultora Deloitte apresentou em Setembro passado em Luanda.

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