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Diário de Notícias: jornal de referência português quer acompanhar actualidade lusófona

O director do jornal português Diário de Notícias (DN), André Macedo, disse hoje à Lusa que o jornal está a preparar um "projecto para o Atlântico Sul" que passa pelo aumento do acompanhamento do noticiário sobre os países de língua portuguesa. Em Angola, o responsável admite a hipótese de trabalhar com parceiros locais para levar a informação aos leitores portugueses.

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"O projecto para o Atlântico Sul não exclui o que é natural num jornal de Lisboa e de Portugal, que é a actualidade portuguesa e europeia, mas pretende posicionar o DN como jornal com massa crítica e informações sobre esses países, assumindo o compromisso de dar informação cultural, social, sobre as classes médias, económica e desportiva do que se passa nesses países", disse o director do jornal à Lusa, à margem de uma conferência sobre 'Português: Língua de Oportunidades', que o jornal organiza hoje em Lisboa.

Questionado sobre se seriam abertas delegações do DN nos países lusófonos, André Macedo disse que não, mas lembrou que o jornal já tem um correspondente no Brasil. "Falar em delegação parece uma coisa que implica um investimento demasiado grande, (queremos) um correspondente, não é um jornalista sentado em casa a fazer tudo sozinho, mas sim integrado em grupos editoriais, o que significa que a nossa capacidade de acção é maior", disse o jornalista.

Segundo o responsável, depois do correspondente no Brasil, "o que vem a seguir é ter a capacidade, com parceiros locais em Angola e Moçambique, ter equipas ou um jornalista, depende, que esteja concentrado em dar informação aos leitores portugueses".

O modelo da nova aposta do DN não está ainda definido, mas é certo que não haverá páginas temáticas ou um espaço fixo dedicado ao noticiário lusófono. "Não vamos ter páginas diárias porque acabam por ser só paisagem, mas é preciso rotina e acesso à informação, e espero que haja dias em que tenhamos duas ou três páginas", disse o director do DN, que explicou também que no site, as notícias sobre estes países aparecerão dispersas.

"A informação vai estar dispersa pelas secções todas, ou seja, na Sociedade aparecerão coisas da sociedade desses países, e no Mundo aparecerá a informação política", acrescentou André Macedo.

"É muito fácil anunciar isto e difícil de fazer, eu assumo uma responsabilidade enorme, sendo certo que isto começa comigo, mas não acaba comigo", disse, explicando que desde que assumiu a direcção do jornal, o objectivo foi "recentrar o DN junto do seu público, requalificar a informação, limpar e posicionar o jornal junto de leitores mais exigentes, e depois dar uma razão de ser que se prolongue no tempo, e essa razão de ser é a língua portuguesa", concluiu.

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