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Angola quer recuperar espólio cultural dos museus

A ministra da Cultura de Angola, Rosa Cruz e Silva, admitiu hoje dificuldades, nas últimas duas décadas, para recuperar o espólio retirado de museus angolanos durante o conflito armado que assolou o país.

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A governante discursava na abertura de um encontro entre directores de museus nacionais e enumerou a luta contra o tráfico ilícito de bens culturais como um dos desafios das questões museológicas.

Em declarações à imprensa, a ministra Rosa Cruz e Silva disse que há conhecimento de espólio em Portugal, Brasil e Bélgica, entre outros países. "Espólio que foi levado ilegalmente e que estamos a trabalhar para reaver esse espólio e para o efeito temos que melhorar as condições das nossas instituições museológicas para receber esses espólios", disse.

Segundo Rosa Cruz e Silva, não tem sido fácil ir no encalce de pessoas que levaram esses bens culturais, mas existem instituições internacionais que estão a trabalhar com Angola com esse objectivo.

"É preciso lembrar que nos anos 1990 nós recuperamos uma estatueta que retornou ao museu de Antropologia, uma estatueta Luena. Mas de lá para cá não conseguimos trazer mais", referiu.

A governante realçou que decorrem trabalhos para o regresso das peças que já estão localizadas, salientando que são, por exemplo, informações sobre o paradeiro da estatueta original do Pensador ou do Chipindilunga.

"Mas há outras peças que estão em determinados países em posse de famílias que as levaram do próprio museu regional do Dundo. Um antigo funcionário levou mais de 350 peças, elas estão identificadas e temos que trabalhar para retornarem ao seu local", frisou Rosa Cruz e Silva.

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