Em declarações na 18.ª edição do CaféCIPRA, decorrida esta Quarta-feira sob o tema "Jovens Dialogam sobre Orgulho Nacional e Produtividade", a governante explicou que o estudo a respeito da referida caixa social se encontra prestes a ser finalizado e actuará como uma precaução. Ou seja, trata-se de um seguro social em que os cidadãos pagam um valor mensalmente, e caso fiquem incapacitados e sem possibilidades de trabalhar, têm direito a receber uma renda.
No que diz respeito a melhorar os salários, a titular da pasta da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social destacou o facto de ser necessário criar em algumas áreas um qualificador de funções, que se fará gradualmente, em concertação com o Ministério das Finanças.
Na sua intervenção, a ministra indicou igualmente que graças ao Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE) houve a possibilidade de se atingir o objectivo de 83.000 empregos directos, além dos estágios profissionais, que superaram os 100.000, cuja maior parte que beneficiou destes estágios foi inserida nas empresas correspondentes.
Teresa Dias fez ainda saber que depois deste plano, o Governo decidiu expandir o programa de emprego ao criar a Agenda Nacional de Emprego de Angola, estabelecida pelo Fundo Nacional para o Emprego em Angola (FUNEA), acrescentando que, em 2024 foram aplicados 16 mil milhões de kwanzas e, este ano, um aumento de 21 mil milhões de kwanzas, escreve o Jornal de Angola.
O programa, explicou, possui directrizes para a acção coordenada dos diversos agentes públicos e privados, no sector de incentivo ao emprego, visando elevar a taxa de emprego, bem como acrescentou que a criação do FUNEA serviu para apoiar os projectos e iniciativas de emprego, bem como institucionalizar o Observatório Nacional de Emprego.
Em termos de empregabilidade, Teresa Rodrigues falou sobre a criação do programa Jovens e Oportunidades de Bons Empregos (JOBE), que já se encontra implementado nas províncias do Bié, Benguela, Luanda, Cuando e Huambo. A sua implementação, segundo o Jornal de Angola, tem sido feita em colaboração com as administrações municipais, que procedem à identificação dos jovens para favorecerem de microcréditos e estimularem a geração de mais postos de trabalho.
Entre outros aspectos, no diálogo sem mediação, a ministra também expressou a sua insatisfação com a desinformação dos jovens em relação aos programas voltados para eles, apontando que esses programas têm tido divulgação na comunicação social e noutras plataformas, pelo que disse não compreender essa desinformação.
Citada pelo Jornal de Angola, a governante afirmou que, nos últimos cinco anos, os docentes viram aumentar de forma significativa os salários, especialmente com os subsídios de isolamento para aqueles que actuam em áreas remotas.
Falou ainda sobre a proibição da mobilidade nos sectores da Educação e Saúde, referindo que estes dois sectores podem realizar concursos públicos anualmente, mas os jovens aceites frequentemente desistem devido à ausência de interesse nas carreiras para as quais se candidatam, pelo que o governo se encontra a trabalhar para impedir essa movimentação, visando evitar esse cenário.
"Vamos passar averiguar melhor durante os concursos públicos, onde estas pessoas vivem", referiu.
Esta edição contou ainda com a participação dos ministros da Educação e da Juventude e Desportos, Luísa Grilo e Rui Falcão, respectivamente, bem como do presidente do Conselho Nacional da Juventude, Isaías Kalunga.