Na semana passada, Gnassingbé deslocou-se a Kinshasa para se encontrar com o Presidente democrático-congolês, Félix Tshisekedi.
Estas são as primeiras visitas do mediador da UA às duas capitais desde que substituiu, a 13 de Abril, o seu homólogo angolano, João Lourenço, nos esforços de mediação que desempenhava, mandatado pela União Africana, desde 2022.
O leste da RDCongo, uma zona estratégica rica em recursos minerais, é cenário há vários anos de uma guerra entre o exército democrático-congolês e o grupo rebelde M23 (apoiado pelo Ruanda), que conquistou duas importantes cidades, Goma e Bukavu, numa ofensiva relâmpago nos últimos meses.
O mediador togolês "vai dialogar pessoalmente com o seu homólogo ruandês sobre as causas, as consequências e as implicações dos diferentes actores regionais" neste conflito, declarou a Presidência num comunicado de imprensa.
"A ambição do Togo é lançar as bases de um diálogo construtivo e de uma reconciliação duradoura para uma resolução pacífica desta crise", explica-se na nota.
Desde o final de 2021, foram declaradas meia dúzia de tréguas e cessar-fogos no leste da RDCongo, que rapidamente foram quebrados.
Os esforços de mediação de Angola falharam, mas representantes do M23 e da RDCongo mantiveram conversações em Doha, em Março, sob os auspícios do Qatar.
Os Presidentes do Ruanda e da RDCongo também se reuniram em Doha.
"Conseguimos criar uma linha de comunicação flexível entre as duas partes e esperamos ter mais sucesso (...) nos próximos dias", disse o chefe negociador do Qatar, Mohammed Al-Khulaifi, numa entrevista à AFP na Sexta-feira.
O Qatar, sublinhou, convenceu o M23, o Ruanda e a RDCongo a empenharem-se numa "desescalada" perto da cidade mineira estratégica de Walikale, conquistada pelo M23.