José de Lima Massano, que foi esta Quarta-feira o convidado da II edição do "Conversas Economia 100 Makas", com o tema "Onde Está e para Onde Vai a Economia Angolana", referiu que as subvenções aos combustíveis, electricidade e água são insustentáveis.
Segundo o ministro, os valores actuais "são de facto muito altos", além de não beneficiar "aqueles que mais necessitam", aliado ao problema do contrabando dos combustíveis.
"Os subsídios são tão altos que fragilizam a estabilidade das nossas contas públicas", disse José de Lima Massano, salientando que, para este ano, o valor previsto para subsidiar os combustíveis é quase o mesmo para a execução de 1400 projectos.
De acordo com o ministro para a Coordenação Económica, o executivo tem em carteira cerca de 3000 projectos e 1400 em execução, mas, devido a dificuldades financeiras, foi necessário "rever prioridades", colocando em "'stand by' cerca de 500 projectos, que tinham já execução, que estavam a andar".
"Mas tivemos que fazer pausa a esses projectos, para garantirmos estabilidade a nível das nossas finanças públicas", salientou.
De modo progressivo, reforçou o governante, "é um caminho que vai continuar".
"Precisamos de ter essa correcção e poder afectar esses recursos para aqueles sectores que necessitam, para atingirmos mais rapidamente as vulnerabilidades que vamos ainda vivendo e ajudar também no desenvolvimento mais harmonioso do nosso país", frisou.
No mês passado, o preço por litro de gasóleo aumentou 50 por cento para os 300 kwanzas, igualando o preço da gasolina.
Os combustíveis em Angola são subvencionados pelo Estado, que tomou a decisão política de gradualmente ir retirando esta subvenção, seguindo as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que ocorre desde 2023.