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Grupo parlamentar da UNITA acusa Governo de tentar inviabilizar jornadas

O líder do grupo parlamentar da UNITA acusou esta Segunda-feira os governos provinciais de alegada tentativa de inviabilização das suas jornadas municipais, programadas para os próximos sete dias.

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A questão foi abordada, em conferência de imprensa, pelo líder do grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Liberty Chiaka.

As jornadas, segundo o líder do grupo parlamentar da UNITA, visam realizar actividades de solidariedade, com doações de alimentos, medicamentos e outros bens, estabelecer contacto direto com os cidadãos, sobretudo nos mercados, e fazer auscultação, no quadro do Projeto de Lei Orgânica de Institucionalização Efectiva das Autarquias Locais, tornado público no dia 4 de Março passado.

Liberty Chiaka referiu que o grupo parlamentar da UNITA comunicou à presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, e ao comandante-geral da Polícia Nacional, a realização de jornadas municipais, de 8 a 13 de Abril, para apresentação do Projeto de Lei Orgânica da Institucionalização Efectiva das Autarquias Locais, na sequência da consulta pública que terminou no passado dia 5 de Abril, bem como o programa de actividades.

Segundo o líder do grupo parlamentar do maior partido da oposição, foram também dirigidas comunicações aos governadores das províncias com informações específicas sobre as atividades a serem desenvolvidas pelas delegações de deputados.

"Estamos a receber de alguns governadores - do Cuanza Sul, Cuanza Norte, Moxico, Cabinda, Bengo, Zaire - comunicação cujo teor é rigorosamente o mesmo", disse o deputado.

De acordo com Liberty Chiaka, as respostas de oito províncias, até ao presente momento, alegam que face à ausência de uma comunicação da presidente da Assembleia Nacional dirigida ao Presidente da República estão indisponíveis a envolverem-se nas actividades do grupo parlamentar da UNITA.

"O tipo de resposta é o mesmo, denota claramente que receberam um instrutivo do MAT [Ministério da Administração do Território], o mais grave e vergonhoso é que nós nem sequer programamos atividades para fiscalização. Se um governador para receber saudações de cortesia tem de ter autorização do Presidente da República, o país está rigorosamente pior do que estamos a viver", lamentou.

Liberty Chiaka disse que os encontros seriam de mera cortesia, para apresentação de cumprimentos, manifestando "profunda indignação", porque o "Governo não sabe cumprir as suas tarefas, a sua missão".

Relativamente ao projeto de lei, Liberty Chiaka disse que foram recebidas muitas contribuições, sendo que entre a primeira forma do projecto tornada pública e a que vai sair, existe um terço de notificações.

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