"Nós hoje temos um declínio de cerca de 10 a 15 por cento por ano e a intenção é hoje, com os programas que nós temos de perfuração de novos poços e desenvolvimento de novos campos, atenuar esse declínio. Depois, estamos também a preparar as bases para termos campanhas de exploração e aí sim, se encontramos campos da dimensão dos que temos hoje, então teremos a possibilidade de parar este declínio e, quiçá, inverter a tendência da curva decrescente", explicou o responsável, em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA).
Relativamente ao número actual, que se encontra abaixo de um milhão de barris, o secretário de Estado disse ser normal, porém, o objectivo para este ano é chegar aos 1.100.000 barris, enfatizando que se encontram "numa boa posição" para alcançar esse dígito no final do ano.
"É normal que pontualmente a gente tenha produção abaixo de um milhão de barris, mas o nosso objectivo para este ano é atingirmos cerca de um milhão e 100 mil barris e pensamos que ainda estamos numa posição boa para atingirmos este valor no final do ano", afirmou, citado pela RNA.
Além disso, falou igualmente sobre o gás natural: "O que nós queremos hoje é explorar, desenvolver e produzir campos de gás puro, só gás. Neste caso, já foram feitos alguns investimentos, nós vamos começar por explorar dois campos já conhecidos, o Quiluma e Maboqueiro, e depois outros seguirão e, assim, termos capacidade suficiente para que a planta de Angola LNG continue a funcionar, mas também queremos que este o gás sirva outros objectivos da nossa economia", informou o responsável, citado pela RNA.
OPEP mantém estimativas de consumo mundial de petróleo neste ano
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mantém as estimativas de consumo mundial de petróleo neste ano, bem como um aumento de 2,3 por cento em relação ao ano passado. No entanto, de acordo com a Angop, a organização calculou que a procura na Europa sofra uma descida, tratando-se da única zona onde se aguarda uma redução.
Segundo as previsões da OPEP – que constam no relatório acerca do mercado petrolífero de Abril – calcula-se que a procura mundial seja posicionada em cerca de 101,9 milhões de barris diários, contudo o consumo nos países europeus mais industrializados descerá cerca de 0,3 por cento este ano face a 2022, para 13,46 milhões de barris diários, escreve a Angop.
