"O decreto presidencial define o quadro de actuação, e o próximo passo, mal seja publicado, será identificar as áreas em que podemos avançar, pode ser governança, social, ou ambiente, mas muito provavelmente procuraremos identificar projectos do sector de energia e água, que num só movimento ajudem a criar energias mais limpas, fontes mais limpas de acesso à electricidade, e ao mesmo tempo a necessidade de electrificar zonas que vão criar ambiente para o sector privado vir e fazer a sua parte", disse Vera Daves de Sousa em declarações aos jornalistas, à margem da sua participação nos segundos 'Encontros das Finanças Públicas - Construir Instituições Fortes e Inclusivas', que decorrem em Lisboa.
"Estamos muito inclinados a olhar para o sector de energia e água como um dos elegíveis para avançar", vincou a ministra das Finanças, salientando que a emissão de dívida verde será feita num montante inferior a mil milhões de dólares.
"Eu disse menos de mil milhões de dólares, ainda não está definido nem o valor exato nem o 'timing', vai depender das condições de mercado, temos de conciliar esse objectivo com o objectivo da sustentabilidade da dívida, e ir ao mercado num momento em que quase está fechado para as economias emergentes não seria avisado", disse ainda Vera Daves de Sousa.
As emissões de títulos de dívida verde são idas ao mercado financeiro em que o financiamento é destinado a projectos com objectivos de melhorar a governação ou ter objectivos ambientais ou sociais no país a que se destinam, havendo modelos em que o montante dos juros é determinado tendo em conta os resultados dos investimentos.
O encontro começou esta Quinta-feira com uma intervenção da ministra das Finanças com o tema "Reforma da Finanças Públicas - o caminho recente e os grandes desafios em Angola".
