A informação foi avançada esta Segunda-feira pelo administrador em exercício da Administração Geral Tributária (AGT), Tiago Santos, observando, no entanto, que a decisão sobre a tributação dos salários das forças de defesa e segurança é da responsabilidade do parlamento.
"Não é a AGT que faz essa tributação [aos agentes da polícia e forças armadas], é o sistema [SIGFE] e o mesmo está a ser preparado para os últimos ajustes para a efectiva tributação", respondeu esta Segunda-feira o responsável aos jornalistas.
Falando em conferência de imprensa de balanço das actividades de 2022 e do 1.º trimestre de 2023, Tiago Santos, falou mesmo em redimensionamento e parametrização do SIGFE para posterior tributação do IRT aos militares.
O que a AGT fez, salientou, foi parametrizar o sistema "e o que está a acontecer com os militares e polícias é o redimensionamento deste sistema, precisam de outras parametrizações, outros cadastramentos", argumentou.
"Mas, efectivamente, quando tudo estiver preparado isso irá acontecer. Não havendo tributação, mais uma vez precisamos levar o tema à Assembleia Nacional e só esta deverá dizer sim ou não, porque a AGT não tem esse poder", notou.
Militares e efectivos da polícia continuam isentos de descontar o IRT desde 2020, período em que vigora o novo código do IRT em Angola, "apesar de o diploma determinar a obrigação de pagarem pela primeira vez esta tributação", segundo noticiou o Jornal Expansão em Dezembro de 2022.