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Nossa Seguros defende aposta em micro seguros para alargar baixa taxa de penetração

A administração da Nossa Seguros defendeu esta Quarta-feira que as empresas do sector no país devem apostar nos micro seguros, como mecanismo de atingir as populações com baixos rendimentos, visando o aumento da actual baixa taxa de penetração.

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O presidente da comissão executiva da Nova Sociedade de Seguros de Angola (Nossa Seguros), Alexandre Carreira, disse esta Quarta-feira que taxa de penetração de seguros em Angola "é inferior a 1 por cento, uma taxa muito baixa se comparada à média da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral]".

A taxa média de penetração de seguros na SADC "situa-se entre 2 por cento e 3 por cento", disse.

"Isso prova que com pouco dinheiro que temos, podemos consumir mais seguros, usar mais seguros, há aí oportunidades tremendas de crescimento e uma das oportunidades mais evidentes tem a ver com o seguro de vida, temos em África exemplos de muito sucesso", afirmou o responsável.

Para o presidente da seguradora, o país enfrenta muitos desafios no domínio da baixa taxa de penetração de seguros, defendendo também o "reforço da literacia financeira e cultura de seguros" para inverter o quadro.

"Há aqui um esforço que nós, enquanto país, temos que fazer quando se fala em literacia financeira, cultura dos seguros, há aqui um esforço que nós enquanto país temos que fazer porque aqui já podemos pensar nos manuais escolares, por exemplo", realçou.

Segundo o responsável, que falava em conferência de imprensa de apresentação dos resultados da seguradora referentes ao exercício de 2021, o tema dos micro seguros também é muito relevante quando se fala da baixa penetração de seguros.

Alexandre Carreira recordou que uma parte substancial da população tem rendimentos baixos, considerando que o alcance dessas pessoas deve passar pela implementação dos micro seguros.

"Temos que fazer este movimento, temos que atingir essa camada de grande população com rendimentos baixos e penso que a nova Lei da Actividade Seguradora e Resseguradora já vem no sentido de regulamentar essa actividade", salientou.

Os seguros obrigatórios, observou o presidente da Nossa Seguros, são também um tema "bastante relevante e muito importante para se aumentar a taxa de penetração".

"Temos que garantir que as pessoas cumpram de facto, façam e tenham o seguro obrigatório", defendeu.

"Temos dados que menos de 20 por cento dos veículos que circulam na via pública têm seguro de responsabilidade civil obrigatório, se nós aumentássemos essa percentagem teríamos também bastantes ganhos a nível da taxa de penetração", notou.

Angola conta actualmente com 22 operadoras de seguros no mercado e oito sociedades gestoras de fundos de pensões.

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