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Record TV África anuncia substituição de director brasileiro e diz que só tem quadros angolanos

A Record TV África anunciou a saída do director, o brasileiro Fernando Teixeira, e declarou só ter trabalhadores angolanos, dez dias após a suspensão do canal pelas autoridades, invocando inconformidades legais, nomeadamente jornalistas estrangeiros não credenciados.

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Numa nota a que a Lusa teve acesso, a Record TV África afirma não ter nos seus quadros de trabalhadores nenhum jornalista de nacionalidade estrangeira.

Salienta ainda que Fernando Henrique Teixeira, que assegurava a direção executiva da empresa, será substituído nas funções, após 10 anos em Angola, por Simeão Mundula, jornalista que passou pela Rádio Nacional de Angola e Televisão Pública de Angola (TPA), e que desde 2018 era chefe de redação e apresentador do programa JR África exibidos pela Record TV África e Record News Internacional.

O Governo anunciou a suspensão da atividade da rede Record, bem como dos canais Vida TV e Zap Viva, no dia 19 de Abril, após detetar "inconformidades legais", segundo um comunicado divulgado na altura pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social ("MINTTICS").

O comunicado referia que a empresa Rede Record de Televisão (Angola), Limitada, que responde pela TV Record África, tinha como director-executivo um cidadão não nacional e indicava que os quadros estrangeiros da Record Angola, que exercem a actividade jornalística no país, não se encontram acreditados nem credenciados no Centro de Imprensa Aníbal de Melo.

Estas "inconformidades legais" ditaram a suspensão, a partir das 00h00 do dia 21 de Abril, do exercício de actividade de televisão das empresas Rede Record de Televisão Angola Limitada/Record TV África e dos jornalistas estrangeiros a ela vinculados.

A Record, que afirma estar registada, desde 2011, na Direcção Nacional de Informação e Comunicação Institucional (DNICI) do MINTTICS como empresa de criação de produtos audiovisuais, sendo disponibilizada em Angola pela plataforma DSTV, assegura ainda que "todos os seus programas são produzidos através da utilização – única e exclusiva – de profissionais angolanos".

"A Record Tv África está empenhada em corresponder às expectativas que lhe são colocadas, razão pela qual espera que a Direcção Nacional de Informação e Comunicação Institucional do MINTTICS levante a suspensão da sua actividade e restabeleça o seu canal, com vista a continuar a produzir informação, entreter e a levar emoções aos telespectadores, salvaguardando-se, igualmente, a sua actividade e principalmente os postos de trabalho", acrescenta o comunicado.

A Record e a Zap afirmaram ter sido apanhadas de surpresa pela decisão das autoridades, enquanto a Vida TV não se pronunciou sobre o assunto.

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