"Esta é uma questão (quarentenas versus reanimação do sector) com resposta dupla porque todos sabemos que com esta situação há uma grande restrição na circulação de pessoas e as implicações são grandes do ponto de vista da sustentabilidade dos negócios", afirmou o secretário de Estado do Turismo, Hélder Chingunde, quando questionado pela Lusa.
Por um lado, adiantou o governante, os hotéis que têm sido seleccionados para as quarentenas institucionais "podem estar a ter aí uma oportunidade para obterem receitas".
"É uma oportunidade para estas unidades que reúnem requisitos para alojarem as pessoas em quarentena institucional", frisou.
Por outro lado, segundo o responsável que falava em conferência de imprensa, em Luanda, "nem todos os hotéis têm disponibilidade para prestar serviços de quarentena institucional aos cidadãos, alguns não estão interessados".
Além disso, observou, "também nem todos interessados reúnem os requisitos tipificados para acolherem os cidadãos em quarentena institucional".
Hélder Chingunde falava numa conferência de imprensa de apresentação do decreto executivo nº219/20, de 21 de Julho, que define medidas concretas de prevenção e controlo para evitar a propagação da covid-19.
Questionado sobre os critérios de escolhas dos alojamentos nesta fase da covid-19, Hélder Chingunde disse que a qualificação hoteleira, como cadernos de encargos e boas práticas de gestão concorrem para escolhas nas quarentenas institucionais.
O secretário de Estado do Turismo que disse não dispor "nesse momento" de dados sobre as perdas financeiras do setor no decurso desse período da pandemia.