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BFA diz que recessão em 2020 será “mais severa” que os 1,2 por cento previstos pelo Governo

O gabinete de estudos do Banco Fomento Angola (BFA) estima que o crescimento negativo que Angola deverá enfrentar este ano seja "mais severo" que a estimativa de 1,4 por cento do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de 1,2 por cento do Governo.

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Numa nota enviada aos clientes sobre a evolução da economia nacional, o BFA escreve que "a economia deve continuar a cair este ano, devido aos efeitos da drástica redução das receitas petrolíferas, para cerca de metade em comparação com 2019".

Assim, "o FMI aponta para uma recessão de 1,4 por cento e a expectativa é de um cenário mais severo", afirmam os analistas.

A Lusa questionou o gabinete de estudos sobre qual o valor concreto para a previsão de recessão para este ano, mas não existe ainda uma previsão concreta sobre a estimativa de crescimento negativo para Angola em 2020.

A economia de Angola registou no ano passado o quarto ano seguido de contracção, registando uma recessão de 0,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE).

"O PIB do quarto trimestre de 2019, em termos homólogos, variou/recuou 0,8 por cento em relação ao mesmo trimestre de 2018, e o PIB anual preliminar, resultante dos quatro trimestres de 2019, variou/recuou 0,9 em relação ao ano de 2018", lê-se na nota disponível no site do INE.

De acordo com os dados divulgados pela entidade estatística, o país registou assim o quarto ano consecutivo de recessão, depois de ter alcançado quebras desde 2016, e deverá registar novamente uma contracção este ano, com o Governo a estimar uma descida de 1,2 por cento e o FMI a antever uma queda de 1,4 por cento.

Nos dados apresentados, o INE revê também em baixa o crescimento negativo de 2018, que passa a ser de -2 por cento em vez dos -1,2 por cento que estimava anteriormente, o que faz com que entre 2015 e 2019 o PIB de Angola tenha caído 5,5 por cento.

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