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Angola e Emirados Árabes Unidos vão desenvolver centros de serviços para agricultores nas 18 províncias do país

Os governos angolano e dos Emirados Árabes Unidos vão promover a criação de centros de excelência de serviços para agricultores familiares em cada uma das 18 províncias de Angola.

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A intenção consta num memorando de entendimento assinado entre o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), do Ministério da Agricultura e Florestas, e o gabinete pessoal do sheik Ahmed Dalmook Al Maktoum, em parceria com a empresa Atlantis Africa Agro Ventures, para o desenvolvimento de centros de excelência para agricultores no país.

O decreto presidencial que aprovou o memorando de entendimento, assinado em 2018, considera a necessidade de se estabelecer e fortalecer as relações bilaterais entre o IDA e o gabinete pessoal do sheik, reconhecendo o interesse de Angola em "melhorar significativamente o sistema de produção agrícola, através de desenvolvimento de centros de excelência de serviços para agricultores familiares".

O sheik Ahmed Dalmook Al Maktoum é um empreendedor cujas principais actividades consistem no desenvolvimento de projectos, negócios e transacções nas áreas de agricultura, energia, infra-estrutura, parcerias público-privadas, construção, desenvolvimento e operações, comércio e outras.

O documento, a que a Lusa teve acesso, salienta que o gabinete pessoal do sheik, cujas operações têm estado concentradas na África central e oeste, bem como ao longo do sudoeste asiático e do oriente médio, pretende, através da Atlantis, promover oportunidades de negócio agrícola em Angola.

A Atlantis é uma empresa que integra as áreas de projecto, implantação e gerência, trabalhando nos setores de agricultura, educação, solar e bem-estar, fornecendo soluções de ponta a ponta para governos, Estados e empresas.

O decreto presidencial sublinha que a Atlantis possui capacidade, especialização e experiência comprovadas para implantar, com sucesso, projectos governamentais complexos por todo o mundo, com produtos e serviços em todo o escopo da agricultura.

Nesse sentido, o IDA e a Atlantis estão a estabelecer contactos sobre as necessidades agrícolas em Angola, tendo a empresa realizado já uma pesquisa de campo detalhada, para avaliar o sistema agrário, as capacidades e os desafios em Angola.

"As partes identificaram e concordaram mutuamente que a Atlantis e o IDA devem trabalhar juntos em prol da visão do Governo de ter um ecossistema agrícola robusto em Angola", refere o documento.

Segundo o decreto presidencial, o propósito do memorando de entendimento é formalizar o acordo entre as partes no mesmo, antes de indicar os seus papéis e responsabilidades, devendo a Atlantis "dedicar tempo, recursos e esforços em actividades de pesquisa abrangentes para compreender as necessidades e requisitos do sector agrícola de Angola, trazendo-o a par dos padrões globais".

O Governo concluiu que o escopo do sector agrícola do país "é amplo demais para ser alcançado pelo IDA somente", sendo imperativo que o instituto "faça parcerias com instituições governamentais, com o sector privado e com agências da sociedade civil, para atingir a sua visão de ter um ecossistema agrícola robusto em Angola".

As acções preveem também o desenvolvimento de centros de serviços para agricultores como extensão dos centros de excelência por todo o país, formação e desenvolvimento de competências dos agricultores, implantação da agricultura moderna de tecnologia avançada, cruzamentos de plantas e agroquímicos, resultando num aumento importante nos rendimentos da lavoura.

A cooperação visa ainda estabelecer e consolidar uma plataforma capaz de interligar os produtos agrícolas e agricultores aos compradores domésticos e internacionais, resultando na eliminação de intermediários e adicionando valor significativo e melhores preços para os agricultores.

À Atlantis cabe preparar um plano de projecto detalhado, uma estratégia de implantação do projeto e uma proposta financeira, até três meses da data de início de vigência do memorando de entendimento.

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