O BNI registou no exercício de 2018 um incremento de 238 por cento no seu resultado líquido, quando expresso em moeda nacional, e de 117 por cento quando expresso em dólares. Estes resultados contribuíram para aumentar quer a rendibilidade dos capitais próprios (ROE), quer a rendibilidade dos activos (ROA), tendo sido suportados por uma melhoria expressiva da eficiência das operações, evidenciada pela evolução favorável do rácio cost-to-income.
“O exercício de 2018 foi positivo para o BNI, como demonstram os principais indicadores de gestão. Esta performance resulta da permanente optimização das diversas áreas de actividade, associada a uma atitude prudencial, orientada para a segurança das operações e para o reforço da robustez do banco”, sublinharam Mário A. Palhares, Presidente do Conselho de Administração, e Sandro Africano, Presidente da Comissão Executiva, em comunicado remetido ao VerAngola.
Os mesmos responsáveis sublinham que “o bom desempenho permitiu, designadamente, o crescimento do banco, com expressiva melhoria da rendibilidade, fortalecimento do balanço, melhoria da qualidade da carteira de crédito e manutenção em bom nível dos indicadores prudenciais, designadamente do rácio de solvabilidade.”
A cobertura do banco foi alargada, como se comprova pelo aumento do número de estabelecimentos próprios (agências, dependências e centros de negócio), objectivo implementado sempre com o foco em critérios de racionalização económica. Por este motivo, o número total de colaboradores teve uma ligeira redução.
Em termos de balanço, salienta-se o crescimento de 13 por cento no activo líquido, com uma evolução positiva de nove por cento nos depósitos de clientes e uma pequena redução de três por cento no crédito concedido (em linha com a conjuntura e com o comportamento dos restantes bancos nacionais). O rácio de transformação manteve-se praticamente inalterado e verificou-se um reforço dos fundos próprios regulamentares.
A melhoria da qualidade da carteira de crédito conduziu à redução do crédito vencido em cerca de dois pontos percentuais, tendo sido feito um grande reforço das provisões para crédito.
Recorde-se que o ano de 2018 foi marcado pela falta de liquidez em moeda nacional, resultado da estratégia do BNA de “secar” o mercado, assim como da necessidade dos bancos de protegerem os seus balanços da desvalorização cambial com títulos de dívida pública indexados ao dólar. Ainda neste exercício, o BNA, com vista à recapitalização da banca, definiu o limite mínimo de capital social em 7,5 mil milhões de kwanzas, não só para tornar os bancos mais sólidos/competitivos, mas também para suprir insuficiências detectadas em alguns players do mercado.
Relativamente a desafios futuros para o sistema financeiro nacional ao nível contabilístico, também neste exercício, o Banco BNI continuou o processo de adopção plena das Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (“IAS/IFRS”), que introduz novos requisitos no que respeita à classificação e mensuração de activos e passivos financeiros, mensuração e reconhecimento de imparidade de créditos sobre activos financeiros através de um modelo de perdas esperadas e contabilidade de cobertura.