Em declarações à agência Lusa, Carlos Saturnino disse que decorre atualmente a "programação de implementação", salientando que "há trabalhos muito avançados com o consórcio na parte financeira", além dos trabalhos nos equipamentos.
"Temos uma programação para implementar a refinaria em Cabinda até ao fim de 2021, para estar operacional em 2022", referiu.
A construção da refinaria de Cabinda, que deverá ter uma capacidade diária de produção de 60 mil barris de petróleo bruto, foi adjudicada ao consórcio United Shine, com 90 por cento do capital social, em parceria com a Sonangol Refinação - Sonaref (10 por cento).
Relativamente à refinaria do Lobito, na província de Benguela, no litoral sul do país, o presidente do Conselho de Administração da petrolífera avançou que decorrem trabalhos para acelerar a constituição do consórcio e accionista.
"Esta semana tivemos uma boa notícia. Respondendo aos trabalhos que Angola tem feito na região - Sonangol e ministérios dos Recursos Minerais e Petróleos - tivemos a boa notícia de que a República da Zâmbia escreveu a confirmar que queria ser accionista na refinaria do Lobito, o que é muito bom", informou Carlos Saturnino.
Segundo o responsável, continuam a trabalhar com outras empresas, tendo em conta a estratégia para a refinação, distribuição e marketing, não apenas para Angola, mas incluindo sobretudo os países da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (CEDEAO).
O projeto da refinaria do Lobito, num investimento inicial de 10.000 milhões de dólares, prevê o processamento diário de cerca de 200 mil barris de crude, criando 10 mil postos de trabalho directos e indirectos.