"Acho que é positivo para Angola. Estabilidade política é um dado adquirido e agora a estabilidade económica está a um passo", defendeu António Mota, à margem do 8.º Congresso Rodoviário Português, em Lisboa.
Em declarações à Lusa, o presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil mostrou-se optimista em relação ao resultado do programa de assistência, realçando que "vai obrigar a que haja mais organização, mais credibilidade no planeamento".
"Espero que desta vez sejam tomadas as medidas necessárias. Tenho uma grande esperança no senhor ministro das Finanças e que desta vez as medidas sejam implementadas para ficar e não implementadas para desimplementar", declarou.
O nosso país enfrenta uma crise financeira e económica com a forte quebra (50 por cento) das receitas com a exportação de petróleo devido à redução da cotação internacional do barril de crude, tendo em curso várias medidas de austeridade.
O FMI anunciou na Quarta-feira que Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos, cujos termos serão debatidos nas reuniões de primavera, em Washington, e numa visita ao país.
O ministro das Finanças de Angola, Armando Manuel, esclareceu entretanto que este pedido será para um Programa de Financiamento Ampliado para apoiar a diversificação económica a médio prazo, negando que se trate de um resgate económico.
A Mota-Engil tem em curso um programa de redução do número de trabalhadores em Angola, à semelhança de outros países africanos, indo ao encontro da diminuição da carteira de encomendas.