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Economia

Economist: se Angola cumprir metas do FMI existirão “mudanças estruturais reais”

A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que se Angola cumprir as metas que o Fundo Monetário Internacional (FMI) vai impor no âmbito do programa de ajuda financeira haverá "mudanças estruturais reais".

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"Angola tem um mau registo sobre o cumprimento das suas promessas, por isso as metas impostas pelo FMI, se forem cumpridas, devem ser condutores para mudanças estruturais reais", escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist.

Na análise ao pedido de ajuda financeira por parte de Angola ao FMI, a EIU lembra a diferença entre o modelo escolhido pelo nosso país, sublinhando que um Programa de Financiamento Ampliado "é mais focado em reformas estruturais e tem um período de pagamento de até dez anos, comparado com o de dois a cinco anos para um 'Stand-by Arrangement' (SBA), mas também tem mais condicionalidades".

"Em 2009, durante o último choque petrolífero, Angola contraiu um empréstimo de 1,4 mil milhões de dólares através de um SBA (acordo de crédito contingente, em que o montante vai sendo disponibilizado à medida que é necessário) para ajudar a gerir os desafios de liquidez, o que marcou uma mudança face às relações conturbadas com o Fundo, historicamente crítico da gestão opaca dos recursos de Angola, e ajudou a melhorar a credibilidade internacional do país".

Angola enfrenta uma crise financeira e económica com a forte quebra (50 por cento) das receitas com a exportação de petróleo devido à redução da cotação internacional do barril de crude, tendo em curso várias medidas de austeridade.

O FMI anunciou na quarta-feira que Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos, cujos termos serão debatidos nas reuniões de primavera, em Washington, e numa visita ao país.

O ministro das Finanças de Angola, Armando Manuel, esclareceu entretanto que este pedido será para um Programa de Financiamento Ampliado para apoiar a diversificação económica a médio prazo, negando que se trate de um resgate económico.

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