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Moody's diz que ajuda do FMI a Angola é positiva e será de pelo menos 500 milhões

A agência de 'rating' Moody's considera que o Fundo Monetário Internacional deverá aumentar as reservas internacionais de Angola em pelo menos 500 milhões de dólares e que a ajuda financeira é positiva para a análise de crédito.

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"O programa deverá ser aprovado no final de Junho e é um desenvolvimento positivo do ponto de vista da análise do crédito soberano devido aos elevados riscos externos que o país enfrenta em resultado da queda dos preços do petróleo", lê-se num comentário assinado pela analista Rita Babihuga.

"Um mecanismo de ajuda irá dar a Angola um suporte financeiro muito necessário, aumentando as reservas internacionais em pelo menos 500 milhões de dólares", estima a agência de notação financeira, que tem o 'rating', que já está abaixo da recomendação de investimento, geralmente conhecida por 'lixo', em Perspectiva de Evolução Negativa.

Para a analista que mais de perto segue a economia angolana, "o programa do FMI, em particular, dará um impulso às reservas oficiais e vai apoiar os esforços de implementação de políticas para direccionar a economia pela crise e lidar com as distorções estruturais".

Rita Babihuga lembra que "dada a significativa dependência de Angola do petróleo, os baixos preços enfraqueceram as contas e a economia, e assim, a qualidade do crédito, e levaram a Moody's a colocar o 'rating' do país em revisão para uma descida, em Março".

Entre os indicadores macroeconómicos citados na análise ao pedido de ajuda ao FMI, a Moody's lembra o aumento da dívida do sector público, de 36 por cento em 2013 para 44 por cento no ano passado e a descida das reservas em moeda estrangeira, que desceram de 32,4 mil milhões de dólares em Janeiro de 2014 para 24,7 mil milhões em Janeiro deste ano.

"Apesar de as reservas internacionais no final de Março terem subido para 24,2 mil milhões de dólares, ou 8,1 meses de importações, as vulnerabilidades externas também estão a subir por causa da descida das receitas de exportações, redução da procura interna e um desequilíbrio no mercado das reservas", acrescentou a analista.

Entre as vantagens do pedido de ajuda ao FMI através de um Programa de Financiamento Ampliado está o apoio ao ajustamento orçamental, que é encarado pela Moody's como "um componente chave da resposta política à descida dos preços do petróleo", e a eliminação de um potencial efeito de "fadiga política motivada pela entrada no terceiro ano de aperto orçamento e devido às eleições do próximo ano".

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