A informação consta de um decreto assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, com data de 21 de Março, no qual é "aprovada a abertura de crédito adicional" ao Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2016, no montante de 31.445.389.464 kwanzas "para pagamento de despesas relacionadas com novas admissões".
O Governo prevê gastar o equivalente a mais de 10 por cento da riqueza produzida no país com o pagamento de vencimentos da Função Pública em 2016, mas as admissões, pelo segundo ano consecutivo, voltavam a ficar congeladas, segundo o OGE para este ano.
Contudo, só na saúde, o Governo anunciou já em Abril que iria recrutar 2000 médicos e paramédicos, angolanos, recentemente formados no país e no estrangeiro, para reforçar o combate às epidemias de febre-amarela e de malária, que afectam sobretudo Luanda.
"Havendo a necessidade de se proceder à autorização de crédito adicional no OGE de 2016 para os sectores da saúde, educação e ensino superior, para o pagamento de despesas relacionadas com o fundo salarial para novas admissões", justifica o decreto presidencial, a que a Lusa teve acesso.
O Governo angolano previa para 2016 uma verba de 1,497 biliões de kwanzas com o pagamento de vencimentos e contribuições sociais da Função Pública.