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Câmara de Comércio: assistência pode ajudar saúde da economia

O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal Angola (CCIPA) afirmou que a assistência financeira do FMI a Angola poderá "ter efeitos positivos para restabelecer a saúde da economia angolana" a médio e longo prazo.

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O Fundo Monetário Internacional anunciou que Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos, cujos termos serão debatidos nas reuniões de primavera, em Washington, e numa visita ao país.

Contactado pela Lusa para comentar esta notícia, o presidente da CCIPA, Paulo Varela, afirmou ser uma notícia "mais ou menos expectável", perante o período prolongado de preços baixos do petróleo, sem perspectivas de melhoria no curto prazo.

"É uma medida que até pode reverter positivamente no médio e longo prazo", permitindo a Angola "fazer as reformas macroeconómicas que é fundamental serem feitas no país", nomeadamente a diversificação da economia, disse o responsável.

Embora reconheça que, "em si mesma, [a assistência financeira do FMI] não pode ser considerada uma boa notícia", Paulo Varela admitiu que, para as empresas portuguesas com negócios em Angola, mesmo no curto prazo, "este apoio até pode criar condições para estabilizar a economia local".

Num momento em que é conhecido o problema da falta de divisas e de dificuldade de pagamento ao exterior, que no ano passado provocou uma redução das exportações para Angola, o presidente da CCIPA acredita que a ajuda do FMI pode ajudar a estabilizar a disponibilidade de divisas "e impedir que a situação se deteriore ainda mais". "Não vejo que seja necessariamente uma má notícia", concluiu.

Na sequência do anúncio do pedido de assistência financeira pelo FMI, o Ministério das Finanças de Angola justificou a iniciativa com a necessidade de aplicar políticas macroeconómicas e reformas estruturais que diversifiquem a economia e respondam às necessidades financeiras do país.

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