A informação consta de um comunicado daquela multinacional australiana a que a Lusa teve hoje acesso, referindo que em três meses de operação foram processados 12.912 metros cúbicos de rocha, tendo permitido recuperar 1.335 quilates. O bloco 29 é o primeiro aluvião de diamantes a ser explorado no Lulo desde que a diamantífera australiana e os parceiros assinaram, em Novembro último, um contracto para a concessão da produção naquela área, válido por 35 anos.
A australiana Lucapa Diamond refere ainda que a "equipa mineira ultrapassou as suas metas", em termos de processamento de rocha, apesar dos condicionalismos devido à actual época das chuvas em Angola. A empresa, que tem como parceiros angolanos neste projecto a estatal Endiama e o grupo privado Rosas & Pétalas, garante que com estes resultados será atingido em Junho o objectivo de gerar ‘cash-flow' positivo na actividade mineira, a partir do Lulo.
Anteriormente, na fase de prospecção que se prolongou durante seis anos, a empresa extraiu da área do Lulo 876,5 quilates, destacando-se uma pedra de 131,4 quilates, a maior encontrada pela Lucapa. Estes trabalhos renderam, por si só, seis milhões de dólares.
A concessão do Lulo dista 150 quilómetros da mina de diamantes de Catoca, a maior de Angola e quarta maior do género em todo o mundo, estando ambas localizadas na mesma área geológica. Envolve uma área específica de 218 quilómetros quadrados, incluindo mais de 50 quilómetros ao logo do rio Cacuilo. Os diamantes constituem o segundo principal produto de exportação por Angola, a seguir ao petróleo.