"A nossa parceria estratégica ganha ainda maior significado no actual contexto económico e financeiro internacional, caracterizado pela incerteza", disse o também ministro de Estado angolano Edeltrudes Costa num encontro com o vice-primeiro-ministro chinês Wang Yang.
Edeltrudes Costa referiu em particular "a queda do preço do petróleo", que "tem vindo a afectar a economia angolana". Angola é um dos maiores fornecedores de petróleo à China, logo a seguir à Arabia Saudita.
O encontro de Edeltrudes Costa com Wang Yang decorreu nesta segunda-feira em Pequim, após a primeira sessão da Comissão Orientadora da Cooperação Económica e Comercial entre Angola e a República Popular da China, informou a embaixada angolana.
O ministro angolano apelou também à "experiencia chinesa na agricultura, produção de alimentos e no desenvolvimento de projectos no domínio sociocultural e da formação de quadros".
Segundo a mesma fonte, a parte chinesa "comprometeu-se a participar activamente na industrialização e diversificação da sua economia angolana" e mostrou-se "disponível" para "mobilizar empresas locais para investir e transferir a produtividade para Angola, nomeadamente nas áreas de aço, materiais de construção, cimento e vidro".
A China prometeu igualmente "aumentar a cooperação" nas áreas da energia, água e mineração, para "ajudar Angola a estabelecer um sistema completo e independente das indústrias de petróleo e de minas", disse ainda a Embaixada angolana.
A delegação angolana, que deixou Pequim na segunda-feira à noite, integrava o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, a secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, o secretário de Estado do Tesouro, Leonel da Silva, o secretário diplomático do Presidente da República, Carlos Alberto de Carvalho, e o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Francisco de Lemos José Maria.
A viagem à China serviu também para preparar a próxima reunião da comissão mista bilateral, marcada para Maio, em Pequim.