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Economia

FMI disponível para apoiar países africanos exportadores de petróleo

O FMI mostrou-se, no domingo, disponível para apoiar financeira e tecnicamente países africanos exportadores de petróleo, que, com a redução do preço do crude, devem avançar o ajustamento orçamental e a flexibilização cambial.

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“O Fundo Monetário Internacional (FMI) manterá o estreito envolvimento com os países africanos, apoiando-os com recursos financeiros e aconselhamento técnico se necessário”, afirmou a directora-geral da instituição, Christine Lagarde, no final de uma reunião do Grupo Consultivo Africano, que foi presidida também pelo Grupo de Governadores Africanos, liderado pelo ministro das Finanças de Angola Armando Manuel.

Num comunicado conjunto divulgado no domingo, Christine Lagarde e Armando Manuel lembraram que a queda no preço do petróleo, embora seja benéfico para os países importadores, “traz desafios significativos para as economias africanas que exportam petróleo e vai obrigar a fortes ajustamentos orçamentais, tal como a uma maior flexibilidade cambial onde possível”.

O FMI prevê que a economia africana cresça a um ritmo superior a quatro por cento em 2015, num ambiente de inflação moderada, mas que, além dos riscos negativos que advêm da queda do preço de petróleo, é o impacto que a reversão das políticas monetárias pode ter nos empréstimos.

Nesse sentido, as duas partes propõem “um equilíbrio” entre o fortalecimento das posições de reserva internacional, o aumento do investimento público e privado e a despesa social; além do reforço orçamental e da contenção da acumulação de divida, bem como dos “esforços coordenados” para restabelecer a paz e a estabilidade.

Perante os alertas do FMI, o presidente do Grupo de Governadores Africanos disse que “os exportadores de petróleo africanos reconhecem a necessidade de fazer de imediato um ajustamento orçamental, ao passo que os importadores de petróleo no continente pretendem aproveitar esta oportunidade para reduzir as subvenções à energia, que têm um alto custo, e abrir espaço fiscal em apoio dos seus objectivos de desenvolvimento”.

Neste contexto, afirmou o ministro angolano, “os países africanos voltam-se para o FMI para que continue o seu envolvimento efectivo com África”, concordando que “será importante que os Governos [africanos] mantenham a estabilidade macroeconómica, fortaleçam as instituições e o ambiente de negócios, colmatem as lacunas críticas a nível das infra-estruturas, ampliem o acesso aos serviços financeiros e procurem garantir que o crescimento seja tanto de bases amplas como inclusivo”.

 

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