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Estratégia para Luanda prevê praça financeira nos arredores e turismo no centro

O Governo angolano pretende manter a ‘cidade antiga' de Luanda como centro histórico e turístico, na estratégia de desenvolvimento da capital para os próximos 15 anos, mas prevendo a instalação de uma praça financeira nos arredores.

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A informação consta de uma nota enviada à Lusa pela Casa Civil do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que na sexta-feira orientou a reunião do Conselho de Coordenação Estratégica de Luanda para analisar o anteprojecto do Plano Director Geral Metropolitano da cidade.

A visão estratégica para o desenvolvimento da cidade de Luanda prevê "manter a cidade antiga como centro histórico, cultural, político e turístico", em paralelo com a estruturação junto aos rios Cuanza e Bengo de "um centro económico, industrial, agro-industrial e uma praça financeira".

O município de Luanda é o mais populoso de Angola, concentrando 2.107.648 dos mais de 6,5 milhões de habitantes da província capital, segundo os resultados preliminares do Recenseamento Geral da População e da Habitação, realizado em 2014.

De acordo com o mesmo comunicado, esta estratégia para Luanda, definida para um período de 15 anos, visa "tornar a cidade capital mais compacta, com variedade de polos económicos, por forma a assegurar o emprego próximo dos lugares de residência". Preconiza também uma maior desconcentração em relação ao centro, garantindo-se a "ligação dinâmica com as centralidades", áreas verdes protegidas e "uma orla costeira maximizada".

A estratégia de desenvolvimento prevista pelo Governo angolano para a cidade de Luanda assenta na habitabilidade, estética e no crescimento sustentável e atractivo como "pilares fundamentais". Na área da habitabilidade estão previstas medidas em termos de saneamento básico, abastecimento de água, energia, instalação de equipamentos sociais, além da preservação da paisagem e identidade da capital.

A estratégia de desenvolvimento aborda também a rede rodoviária, "visando aumentar a sua capacidade, nomeadamente a da rede de vias rápidas existentes, bem como criar uma rede integrada eficiente dos transportes públicos", lê-se no comunicado.

A Barra do Cuanza, alguns quilómetros a sul de Luanda, contará com um "desenvolvimento sustentável de baixo impacto ambiental" e todos os projectos costeiros terão de ser sujeitos ao plano de ordenamento da costa marítima, esclarece ainda o Governo.

A última fase do Plano Director Geral Metropolitano de Luanda, em elaboração, deverá ser apresentada em Julho deste ano.

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