No que diz respeito ao projecto que vai ligar Angola e a Zâmbia por caminhos férreos, o governante adiantou que o país se encontra a trabalhar nas condições para lançar a primeira pedra deste projecto até 2026, no quadro da dinamização do Corredor do Lobito.
Segundo o titular da pasta dos Transportes, este investimento vai ser impulsionado pelo sector privado e encontra-se avaliado em 4,5 mil milhões de dólares para 800 quilómetros de linha ferroviária.
Em declarações num encontro empresarial Angola-França-Portugal, citadas pela Angop, Ricardo D'Abreu destacou que esse investimento tem como objectivo potencializar ao máximo as infra-estruturas, bem como assegurar padrões mais elevados na sua gestão e operação.
O Corredor do Lobito, enfatizou, é neste momento, um dos principais projectos de Angola, que tem sido capaz de atrair a atenção de investidores em benefício do progresso da economia nacional e regional, assim como do comércio em termos internacionais.
Ainda no que diz respeito ao sector férreo, o ministro informou haverem iniciativas de natureza pública, tais como a requalificação do troço entre Zenza e Cacuso, que são vistas como relevantes para o Corredor Norte, além das áreas fronteiriças, designadamente na província do Zaire e na região Leste (Lundas Norte e Sul), escreve a Angop.
Ricardo D'Abreu destacou ainda avanços no que diz respeito ao projecto do Metro de Superfície de Luanda, tendo reafirmado que ainda este ano acontecerá o lançamento da primeira pedra para este projecto.
Na ocasião, segundo a Angop, também falou sobre a aviação, destacando que é o sector que apresenta mais progressos relativamente a reformas, tendo sido capaz de assegurar investimento em infra-estruturas e equipamentos essenciais para o seu desenvolvimento, com destaque para o novo Aeroporto Internacional António Agostinho Neto, que já conta com mais de metade (56 por cento) das zonas comercias ocupadas por projectos privados.
"A aviação não foi escolhida por acaso. Como todos nós sabemos, no âmbito da diversificação económica, o Executivo angolano elegeu o turismo como um pilar fundamental para a dinamização da nossa economia", acrescentou, tendo ainda apontado que outra das apostas do sector por si dirigido se tem prendido com o sector logístico, com algumas iniciativas relevantes e abordagem voltada para o agro-negócio, visando assegurar que a produção chegue em boas condições aos mercados e consumidores, contradizendo assim a estatística africana em que mais de metade (70 por cento) da produção não é aproveitada totalmente.
Deixou ainda um apelo aos homens de negócios de Portugal e França a integrarem o mercado de Angola, rumo ao progresso do país, acrescentando que "a responsabilidade da diversificação da economia de Angola não é só do Governo, é também uma responsabilidade colectiva".