Em relação ao financiamento ao sector produtivo, Lima Massano realçou o "reforço do mecanismo de garantias públicas, através do Fundo de Garantia de Crédito, para um apoio mais efectivo às pequenas e médias empresas".
Citado num comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso, o ministro de Estado considerou que o desenvolvimento económico e o bem-estar dos cidadãos estão dependentes, em grande parte, de como se investe, financia e integra o sector produtivo na economia.
"O desenvolvimento da economia e o bem-estar da nossa população dependem, em grande parte, de como investimos, financiamos e integramos hoje o sector produtivo da nossa economia", disse o governante, tendo apelado ao "contributo dos reguladores financeiros, financiadores e operadores económicos para a construção de uma economia mais forte e dinâmica".
Segundo José de Lima Massano, o Governo tem implementado diversas iniciativas para impulsionar e "dinamizar o potencial produtivo do país, aumentar a resiliência da economia", bem como "criar mais oportunidades de inclusão social".
Contudo, considerou que o êxito destes programas vai depender da "convergência de interesses entre os agentes económicos, num mercado regulamentado e competitivo, mas colaborativo".
Na ocasião, disse que "o acesso ao crédito continua a ser um dos desafios mais referidos pelos operadores económicos na avaliação do ambiente de negócios".
"Nos últimos dois anos, referiu ainda, o crédito ao sector privado registou um crescimento na ordem dos 28 por cento, impulsionado, sobretudo, pelo Aviso 10 do Banco Nacional de Angola (BNA), que permitiu a concessão de um total de 1,3 biliões de kwanzas, representando 77 por cento do crédito ao sector real da economia no último trimestre de 2024", lê-se na nota.
O ministro lembrou igualmente que, no ano passado, a economia nacional teve um crescimento na ordem dos 4,4 por cento, a "maior taxa dos últimos 10 anos", resultado das "reformas estruturais e das políticas de estímulo à produção".
"José Massano alertou que manter este ritmo de crescimento, impulsionado pelo sector não petrolífero, exigirá mais investimento privado e maior volume de crédito para as cadeias produtivas", lê-se no comunicado.
O "Executivo angolano continua a adoptar medidas de estímulo e dinamização da produção nacional, com o objectivo de acelerar processos de transformação que sustentem a diversificação da economia e melhorem a balança comercial não petrolífera do país", apontou Lima Massano.
De acordo com o governante, "os investimentos nas infra-estruturas de apoio à produção vão continuar, assim como a identificação de oportunidades concretas para a melhoria do ambiente de negócios, incluindo incentivos fiscais, como a recente redução do IVA para bens de equipamento".
Para assegurar um "sistema financeiro mais inovador e alinhado às necessidades das empresas é essencial desenvolver negócios produtivos de forma integrada, promover fornecedores locais e proteger a produção nacional, na visão do ministro de Estado para a Coordenação Económica", refere ainda o comunicado.