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Separatistas de Cabinda acusam militares angolanos da morte de civis

A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) denunciou em comunicado a morte esta Quarta-feira de madrugada de quatro adolescentes por soldados angolanos na aldeia de Ntando-Maselele, na região de Belize.

: Lusa
Lusa  

No comunicado, assinado por Jean Claude Nzita, porta-voz da FLEC-Forças Armadas de Cabinda, os independentistas do enclave acrescentam que os corpos foram "completamente carbonizados" e que o coordenador da aldeia e cinco outras pessoas "foram inexplicavelmente e arbitrariamente detidos por soldados angolanos".

"A FLEC-FAC denuncia com veemência a extrema brutalidade e a inaceitável repressão exercida pelo regime (do Presidente de Angola) João Lourenço (...) contra os civis das aldeias de Kisungu e Ntando-Maselele" após dois ataques perpetrados pelas Forças Armadas de Cabinda nos dias 3 e 13 de Março passado.

O movimento de guerrilha acusa o regime angolano de ter procedido a "execuções extrajudiciais, torturas sistemáticas" contra civis, que terão sido "espancados com cabos eléctricos e barras de ferro", sujeitando-os a detenção em locais secretos e a quem terá ameaçado de morte e privado de alimentação e água.

"A FLEC-FAC apela ao secretário-geral da ONU e ex-primeiro-ministro português António Guterres, que conhece profundamente a situação de Cabinda, para tomar medidas urgentes para proteger e apoiar os civis de Cabinda e dar especial atenção às populações" das duas aldeias referidas que, reitera, "estão a ser vítimas da repressão militar angolana".

Os guerrilheiros reivindicam há vários anos a independência do território de Cabinda, província de onde provém grande parte do petróleo do país, evocando o Tratado de Simulambuco, de 1885, que designa aquela parcela territorial como protectorado português, alegando que o enclave não é parte integrante do território angolano.

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