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Esperança da Costa quer maior actuação dos biólogos para protecção do ambiente

Os biólogos angolanos devem estar na linha da frente no que diz respeito à protecção do ambiente, investigação científica e à busca permanente de soluções para os desafios da actualidade, defendeu a vice-Presidente da República durante a abertura do 1.º Fórum da Ordem dos Biólogos de Angola.

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A governante destacou que deve ser o biólogo a denunciar a presença de organismos geneticamente modificados, apresentar dados sobre a necessidade do reflorestamento, o declínio da biodiversidade, o desaparecimento de ecossistemas críticos para a sobrevivência humana, a composição da fauna, da flora e da disponibilidade de biomassa que permita a exploração do bio-recurso.

No fórum, que decorreu esta Quinta-feira sob o lema "O papel do biólogo no desenvolvimento sustentável do país", Esperança da Costa reafirmou que os biólogos devem assumir um papel activo, pois o seu conhecimento sobre as complexas interacções entre os mundos abiótico e biótico permite-lhes actuar como agente de mudança, conectando a ciência às práticas que garantam o equilíbrio entre as necessidades humanas e a sustentabilidade.

À Ordem dos Biólogos de Angola, a vice-Presidente apelou à contínua formação de quadros através dos colégios de especialidade, para permitir melhorar as estatísticas sobre o conhecimento da diversidade biológica, qualidade de ecossistemas, entre outros.

Esperança da Costa destacou que, no quadro da Presidência na União Africana, Angola aposta no desenvolvimento de uma economia diversificada e próspera, assente nos sectores da Agricultura, Indústria Transformadora, e na gestão de recursos hídricos, com foco no ambiente, num ecossistema resiliente e sustentável.

Para a governante, a economia azul - com capacidade de potencializar os mares e oceanos - aliada à economia verde, poderá ter um papel preponderante na contribuição para a competitividade dos países.

O evento, que reuniu biólogos nacionais e estrangeiros (Portugal, Moçambique e Brasil), decorreu no sistema de mesa redonda, repartido em quatro painéis: "Estratégia da Ordem dos Biólogos de Angola"; "Técnicas Inovadoras para Integração de Dados Biológicos Complexos"; "A Educação e o Ensino da Biologia: Desafios e Perspectivas", e " Biologia Humana e Saúde".

Para a presidente da Ordem dos Biólogos de Angola (OBA), Augusta Martins, o fórum representa um marco significativo para a classe, um espaço de reflexão, partilha de conhecimento e fortalecimento da missão, enquanto defensores e promotores da diversidade da vida, de um ambiente saudável e acolhedor para todos e de uma gestão sustentável dos recursos naturais do país.

A responsável da OBA frisou ainda que o evento pretendeu destacar a importância da biologia para o desenvolvimento sustentável de Angola num mundo onde as mudanças ambientais e climáticas impõem desafios cada vez mais complexos. Referiu que os biólogos desempenham um papel crucial na procura de soluções inovadoras para a conservação dos ecossistemas, utilização responsável dos recursos naturais e para a promoção da saúde pública e ambiental.

Augusta Martins garantiu que a OBA vai trabalhar para que os representantes da classe se envolvam nos esforços de desenvolvimento do país e em acções, para que a profissão seja valorizada e reconhecida como um pilar fundamental para o progresso social e económico.

Por sua vez, o professor português José Guerreiro, que abordou o tema "O papel da Ciência e da Biologia na Década da Ciência do Oceano para a Sustentabilidade", considerou ser benéfico o intercâmbio entre Angola e Portugal, tendo destacado a relação existente na área da meteorologia e da investigação das pescas.

Durante o fórum foram homenageadas figuras que se destacaram no ramo da biologia em Angola, entre as quais a vice-Presidente, Esperança da Costa, e a professora Lívia Alves.

A realização do fórum marcou o primeiro aniversário da criação da Ordem dos Biólogos de Angola e contou com a presença de membros do Executivos e diversas personalidades ligadas à academia.

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