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Governo guineense confirma abandono de Angola do projecto de exploração de bauxite

Angola abandonou o projetco de exploração de bauxite no leste da Guiné-Bissau, anunciou esta Terça-feira o ministro dos Recursos Naturais da Guiné-Bissau, Malam Sambú, em entrevista à agência Lusa.

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De acordo com Sambú, no cargo desde Dezembro passado, neste momento a licença de exploração de bauxite "está livre".

"O bauxite, anteriormente, foi licenciado a uma empresa angolana, mas segundo me disseram a empresa não teve meios económicos para continuar a exploração e abandonou", disse Malam Sambú, numa entrevista à Lusa sobre um ponto de situação no sector dos Recursos Naturais.

Estudos geológicos apontam que a Guiné-Bissau terá na localidade histórica de Boé, onde foi proclamada, de forma unilateral de Portugal a independência do país, em 1973, mais de 113 milhões de toneladas de bauxite, a principal fonte natural de alumínio.

Em 2007, o Governo guineense concedeu uma licença de exploração daquele minério à Bauxite Angola, uma empresa mista de direito angolano, que viria a interromper os trabalhos de prospecção, iniciados em Abril de 2012, na sequência de um golpe de Estado na Guiné-Bissau.

Por diversas vezes, desde então, a Bauxite Angola ensaiou o seu regresso, mas o projecto nunca mais avançou, até que em Dezembro de 2022, o Governo guineense anunciou, em Conselho de Ministros, a rescisão de contrato ao abrigo do qual havia concedido licença de exploração àquela empresa.

"Neste momento a bauxite está livre, está livre, mas há muita concorrência. Há interesse chinês, há interesse russo, há interesse americano, e disseram-me ainda há uma empresa francesa que manifestou interesse", acrescentou o ministro dos Recursos Naturais.

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