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Saúde

Covid-19: casos em África ultrapassam os quatro milhões

África ultrapassou esta Sexta-feira os quatro milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia, segundo dados compilados pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças do continente africano (África CDC).

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Desde que foi confirmado o primeiro caso no continente, a 14 de Fevereiro de 2020, no Egipto, os 55 países membros da União Africana (UA) registaram 4.005.204 infecções, o que corresponde a 3,4 por cento do total mundial, segundo os dados do África CDC até às 09h00, hora local.

O continente africano registou 107.001 mortes provocadas pelo novo coronavírus (4 por cento do total mundial) desde o início da pandemia, com 3.589.067 doentes a terem tido alta, de acordo com o organismo.

Cinco países são responsáveis por 66 por cento das infeções: África do Sul (38 por cento), que continua a ser o epicentro da pandemia no continente africano, Marrocos (12 por cento), Tunísia (6 por cento), Egipto (5 por cento) e Etiópia (4 por cento).

Até 1 de Março, tinham sido realizados pouco mais de 37 milhões de testes no continente africano, um número muito baixo para uma população continental de cerca de 1,3 mil milhões.

A região tenta actualmente impulsionar as campanhas de inoculação contra o vírus.

As vacinas contra a covid-19 distribuídas através da plataforma Covax chegaram já a 22 países africanos desde que as primeiras doses foram recebidas no Gana, a 24 de Fevereiro, informou na Quinta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Cada nova entrega de vacinas em África é mais um passo para a equidade", disse a directora do escritório regional para África da OMS, Matshidiso Moeti, durante a conferência de imprensa semanal sobre a pandemia de covid-19.

Segundo a OMS, estes 22 países africanos receberam cerca de 14,8 milhões de doses através da Covax, das quais 518.000 já foram administradas.

As últimas nações africanas a juntarem-se à lista de beneficiários foram o Benin, onde 144.000 doses da vacina AstraZeneca chegaram na Quarta-feira - de um total de 792.000 a serem enviadas para o país nos próximos meses - e a Serra Leoa, que recebeu 96.000 doses da AstraZeneca na terça-feira, como parte de um lote inicial de 528.000.

Os outros países africanos onde as vacinas contra o novo coronavírus já desembarcaram são o Quénia, Uganda, Ruanda, Djibuti, Etiópia, Nigéria, Gâmbia, Senegal, Costa do Marfim, Mali, Libéria, Togo, São Tomé e Príncipe, Sudão, República Democrática do Congo, Angola, Moçambique, Maláui, Botsuana e Lesoto.

A plataforma Covax - impulsionada pela OMS e pela Aliança para as Vacinas (Gavi) - procura assegurar o acesso global e equitativo aos medicamentos antivirais e visa fornecer pelo menos 2 mil milhões de doses até ao final do ano.

Paralelamente a estes esforços, outro grupo de nações africanas já está a vacinar graças às soluções que conseguiram encontrar através de acordos bilaterais com produtores farmacêuticos.

É o caso, por exemplo, de Marrocos, Seychelles, Zimbábue, África do Sul, Egipto e Serra Leoa.

Apesar deste progresso, a África e os seus 1,3 mil milhões de pessoas continuam a estar globalmente atrasados em termos de progresso da imunização: dos 55 Estados-membros da União Africana, apenas 19 iniciaram campanhas nacionais de imunização.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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