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ONU em Angola recomenda adiar viagens e suspende encontros internacionais

O coordenador residente da ONU em Angola, Paolo Baladelli, especialista em saúde pública, disse esta Segunda-feira que as Nações Unidas recomendaram aos seus funcionários o adiamento de viagens e determinaram o cancelamento de encontros internacionais devido ao Covid-19.

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Em declarações à Lusa, à margem de apresentação da Política Nacional da Juventude, o médico explicou que a doença se encontra "numa fase de aceleração da transmissão a nível global" e acrescentou que "é difícil pensar que um país não vai ter doentes de coronavirus" tendo em conta a capacidade de mutação do vírus e a facilidade de contágio.

"Não vai encontrar barreiras sérias para se transmitir", comentou o especialista em Saúde Pública, indicando que os planos de contenção "podem é atrasar um pouco" a chegada do vírus e a sua propagação.

Por isso, destaca, "é importante diminuir todas as oportunidades de contacto em âmbito colectivo", que podem determinar um aumento da velocidade de transmissão.

"As recomendações das Nações Unidas para os seus funcionários vão no sentido de evitar viagens profissionais ou pessoais, o que diminui a possibilidade de transmitir ou receber o vírus", assinalou.

Daí que o gabinete liderado por Paolo Baladelli, seguindo as orientações internacionais, tenha decidido suspender encontros internacionais em Angola ou a participação em encontros noutros países, uma forma de evitar "momentos colectivos onde pode haver mais transmissão do vírus".

Angola não tem neste momento nenhum caso confirmado de infecção com coronavírus, mas já foram detectados casos na Namíbia, país com o qual faz fronteira a sul e na República Democrática do Congo, com o qual tem fronteira a norte.

No entanto, África parece ter algumas vantagens do seu lado, nomeadamente o facto de algumas evidências apontarem para a fraca resistência do vírus às altas temperaturas.

Paolo Baladelli salientou que África teve um menor fluxo de pessoas na primeira fase do desenvolvimento desta doença, pelo que "é normal que tenha um certo atraso" quanto à sua propagação, mas avisou para a importância "de preparar sempre o pior cenário".

O coronavírus já causou mais de 7.000 mortos em todo o mundo, entre 175.530 casos de contaminação identificados em 145 países e territórios, desde o princípio da pandemia, em Dezembro passado.

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