Com idades compreendidas entre os poucos meses e os 70 anos, os pacientes foram deixados ‘à sua sorte’. A informação é avançada à Angop por Lizete Tumba, assistente social naquele que é um dos maiores hospitais da capital, atendendo mais de 2000 pacientes por dia.
Segundo esta responsável, os 17 pacientes estão internados em unidades de diversas especialidades médicas, sendo que a maioria se encontra no serviço de Cirurgia e Ortopedia. Estes casos são, também maioritariamente, de sinistrados na via pública.
Lizete Tumba explica que existem vários casos de pacientes abandonados que chegaram ao hospital luandense por intermédio da família ou até mesmo da Polícia. No entanto, o contacto acaba aqui. A assistente social diz acreditar que muitos dos pacientes levados pelos familiares são ‘esquecidos’ no hospital por questões económicas.
O caso mais antigo de abandono por familiares no Hospital Geral de Luanda é o de Balaia Marcelino, natural da Lunda Norte. Com 70 anos, a paciente deu entrada na unidade hospitalar em Julho, encontrando-se na área de medicina interna desde essa data. Oito meses depois, a instituição continua a fazer diligências para encontrar os familiares da anciã, sem sucesso.
“Os familiares não se devem esquecer de que são africanos, um povo que pauta por valores humanos e de amor ao próximo”, alertou a assistente social.
Nestes casos, após recepção dos pacientes, a instituição realiza um diagnóstico social, sendo que se se justificar os doentes são dirigidos para acompanhamento psicossocial.
